Especialistas reforçam prevenção e manejo de pragas para proteger a fruticultura do Paraná
A Comissão Técnica de Fruticultura do Sistema FAEP se reuniu nesta terça-feira (26), em Curitiba, para tratar do monitoramento e controle de pragas. Além disso, especialistas como Paulo Jorge Pazin Marques, da Adapar, e Oscar Silva, do IRAC, apresentaram estratégias para identificar e prevenir a disseminação de insetos que prejudicam a produção de frutas.
“O setor de frutas é essencial para a economia estadual. Por isso, é fundamental redobrar a atenção em relação a pragas e doenças, garantindo que nossos produtos continuem acessando mercados”, afirma o presidente interino da FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
Marques detalhou o trabalho de monitoramento de pragas quaternárias, que podem causar prejuízos significativos à atividade. Por exemplo, a mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é considerada referência no controle de pragas na fruticultura. Nesse caso, o controle inclui armadilhas distribuídas em 20 pontos de comercialização da fruta no Paraná.
Além disso, outra praga monitorada é a Cydia pomonella, traça da maçã ou carpocapsa, que chegou a Santa Catarina no ano passado. Para manter o Paraná livre do inseto, a Adapar mantém 42 pontos de monitoramento, principalmente na divisa com Santa Catarina. De forma semelhante, a Lobesia botrana, traça dos cachos de videira, recebe atenção com 10 pontos de monitoramento.
Por isso, a Adapar reforça que os fruticultores devem notificar a agência sempre que identificarem insetos suspeitos, permitindo ações rápidas de controle e evitando a disseminação das pragas.
O greening, ou Huanglongbing (HLB), representa outra ameaça à fruticultura. A doença é causada pela bactéria Candidatus liberibacter e transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri. Como não há tratamento, árvores infectadas precisam ser erradicadas imediatamente. Portanto, o Paraná está em situação de emergência fitossanitária, e ações do Sistema FAEP apoiam a fiscalização e a erradicação de plantas contaminadas.
Oscar Silva explicou que a resistência de pragas a inseticidas leva os produtores a aplicar doses acima das recomendadas ou a usar produtos mais tóxicos, aumentando custos e riscos ambientais. Dessa forma, ele reforçou a importância de técnicas de manejo adequadas para reduzir a resistência e manter a produtividade.