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Ano é marcado por recordes e por fortes oscilações de nos preços do boi

Até novembro, os embarques brasileiros de carne bovina somavam 2,65 milhões de toneladas, superando em 28,7% o volume de igual período de 2023

Redação RuralNews
Publicado em 27/12/2024 | 09:04:00 945 Views


Para a pecuária nacional, 2024 fica marcado por recordes de abate, de produção, de disponibilidade interna e de exportação.

O ano também fica marcado pelas fortes oscilações nos preços. Durante todo o primeiro semestre, os valores do boi gordo apresentaram movimento de baixa; e, no começo de junho, o Indicador CEPEA/B3 (estado de São Paulo) fechou a R$ 215,30, a mínima do ano.

Naquele período, as pastagens estavam ruins, e muitos pecuaristas aumentaram suas vendas, inclusive de fêmeas, para diminuir custos e limitar a perda de peso. O IBGE mostra que o número de animais abatidos no primeiro semestre aumentou 21,2% sobre igual período de 2023. Enquanto isso, as exportações iam bem, em torno de 250 mil toneladas por mês. Era um momento muito bom para os frigoríficos e muito difícil para os pecuaristas.
Boi gordo - Cepea/B3
Data
Valor R$
Var./dia
Var./mês
Valor US$
28-11-2024
352,10
-0,16%
10,51%
58,82
27-11-2024
352,65
0,18%
10,69%
59,61
26-11-2024
352,00
0,64%
10,48%
60,62
25-11-2024
349,75
0,63%
9,78%
60,21
22-11-2024
347,55
0,14%
9,09%
59,82
21-11-2024
347,05
0,75%
8,93%
59,65
19-11-2024
344,45
0,07%
8,11%
59,66

Em agosto, a situação dos produtores começa a mudar. Frigoríficos passaram a demandar de forma intensa novos lotes de animais para abate, ofertando preços maiores a cada dia.

Esse contexto resultou em uma disparada no valor da arroba, o que puxou também os valores da reposição. No caso da carne, a demanda interna se aqueceu, e a exportação seguia intensa – o dólar valorizado estimulava as vendas externas.

Até novembro, os embarques brasileiros de carne bovina somavam 2,65 milhões de toneladas (in natura e processada), superando em 28,7% o volume de igual período de 2023 e renovando o recorde.

Na última semana de novembro, no entanto, frigoríficos recuaram das compras de boi e os valores passaram a cair com força no mercado nacional. Na primeira quinzena de dezembro, a desvalorização do boi gordo já era de 11%.

Fonte: Cepea

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