Mercado opera com leve queda diante da expectativa de colheita histórica norte-americana e retração nas importações chinesas
Os preços do milho caem levemente na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (9). Pela manhã, o contrato dezembro era negociado a US$ 4,21 por bushel, após o pregão anterior encerrar com alta de até 2 pontos. Na B3, a posição novembro marcava R$ 66,85, e a janeiro, R$ 69,00, ambos com pequenas variações positivas frente ao fechamento anterior.
Segundo análise da Granoeste, os investidores mantêm cautela, o que limita as oscilações e mantém o mercado em uma faixa estreita de preços. Apesar da falta de dados oficiais, causada pelo shutdown do governo norte-americano, as projeções indicam uma colheita recorde nos Estados Unidos, próxima de 420 milhões de toneladas. Mesmo com relatos pontuais de queda na produtividade, o volume total deve permanecer elevado.
A China também movimenta o cenário internacional. De acordo com a Reuters, o país deve reduzir suas importações de milho para 6 milhões de toneladas na temporada 2025/26 — cerca de 1 milhão a menos que o previsto anteriormente. O ajuste ocorre porque as condições climáticas melhoraram, e a produção doméstica deve atingir 300 milhões de toneladas.
No Brasil, os negócios seguem lentos, mas há leve aumento nas ofertas disponíveis. No Oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 59,00 e R$ 60,00. Em Paranaguá, os preços ficam entre R$ 64,00 e R$ 66,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização dos lotes.
O câmbio também influencia o mercado. Pela manhã, o dólar operava em leve queda, cotado a R$ 5,33, após encerrar o dia anterior a R$ 5,34.