Mercado opera em novo patamar de preços, atento à produtividade norte-americana e ao avanço da safra brasileira
Os contratos da soja recuam na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (9). Perto do intervalo, a posição novembro registrava queda de 5 pontos, cotada a US$ 10,24 por bushel, após ganhos entre 4 e 7 cents nos primeiros vencimentos do pregão anterior, de acordo com informações da Granoeste.
Tudo indica que o mercado adotou um novo patamar de preços, mas segue observando a possibilidade de redução da safra norte-americana. Com o avanço da colheita, que já chega a cerca de 50% da área, relatos de queda na produtividade começam a se intensificar. Em diversas regiões, a falta de umidade durante a fase final de desenvolvimento das lavouras comprometeu o rendimento.
A confirmação desse cenário, contudo, depende da retomada dos levantamentos oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), interrompidos temporariamente.
Enquanto isso, a China permanece fora do mercado norte-americano em razão das tarifas de importação de 20% aplicadas à soja dos Estados Unidos. O governo norte-americano, porém, promete retomar as negociações até o fim do mês, o que pode mudar o cenário de curto prazo.
No Brasil, o ritmo de plantio da nova safra segue acelerado, superando o desempenho dos anos anteriores. Nos portos brasileiros, os prêmios estão indicados na faixa de 165 a 180 centavos de dólar por bushel no mercado spot e entre 170 e 185 centavos para novembro.
As indicações de compra variam entre R$ 129,00 e R$ 132,00 no Oeste do Paraná e entre R$ 138,00 e R$ 140,00 em Paranaguá, conforme o prazo de pagamento e as condições de embarque.