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Famato apoia produtores em consulta sobre Reserva do Taiamã

Produtores recebem apoio da Famato em consulta pública sobre ampliação da Reserva do Taiamã e impactos nas propriedades rurais

Foto do autor Redação RuralNews
10/09/2025 |
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A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) esteve presente nesta terça-feira (09/09) na consulta pública realizada no campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres. O encontro discutiu os impactos da proposta de ampliação da Estação Ecológica de Taiamã, apresentada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além disso, o convite à Famato foi feito pelo Sindicato Rural de Cáceres, garantindo a participação do setor produtivo nas discussões.

A Famato foi representada pelo presidente do Sindicato Rural do Vale do Rio Branco e gerente da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT, Bruno de Faria, e pela analista de meio ambiente da federação, Tania Arévalo. Também participou o presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Aury Paulo Rodrigues.

Área de ampliação e impactos nas propriedades

Segundo a proposta do ICMBio, a Estação Ecológica de Taiamã, atualmente com 11.200 hectares, passaria a ter mais 56.918 hectares. Além disso, está prevista a criação de uma zona de amortecimento de 1.769 hectares. Grande parte dessa área de ampliação sobrepõe propriedades rurais produtivas, o que tem gerado insegurança entre famílias que vivem e trabalham na região.

Durante a audiência, os representantes do setor produtivo destacaram a importância de garantir segurança jurídica aos proprietários. Portanto, eles ressaltaram que todos devem respeitar os direitos adquiridos e que ninguém pode comprometer a atividade agropecuária por decisões que desconsiderem a realidade local.

Famato reforça diálogo e preservação responsável

Bruno de Faria afirmou que a Famato acompanha de perto as discussões sobre a reserva. “A Famato está aqui para ouvir, dialogar e defender os interesses daqueles que dependem da terra para produzir alimentos e gerar desenvolvimento. Além disso, o produtor rural já cumpre o Código Florestal, uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, e segue as restrições próprias do Pantanal. Portanto, não é necessário desapropriar, pois essas áreas já são conservadas por quem vive e produz aqui”, explicou.

Na mesma linha, Tania Arévalo reforçou que qualquer medida de criação ou ampliação de áreas protegidas deve considerar os impactos socioeconômicos para as famílias. “O produtor pantaneiro já convive com regras rígidas e restritivas que garantem a preservação natural. Assim, criar novas limitações ou desapropriações, além de desnecessário, ameaça a continuidade da relação equilibrada entre produção e conservação”, afirmou.

Segurança jurídica é prioridade para produtores

O presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Aury Paulo Rodrigues, destacou a insegurança gerada pela proposta de ampliação da reserva. Segundo ele, os produtores não são contra a preservação. No entanto, é essencial que se considere a história de ocupação da região, a relevância da produção agropecuária e a necessidade de políticas públicas que valorizem quem já preserva e produz de forma responsável.

TAGS: #Famato # Produtores
# Consulta # Reserva do Taiamã # Propriedades rurais
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Editor RuralNews
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