Fertilizantes: exploração de terras indígenas é equívoco
Mineração destas áreas não contribuiria para melhorar abastecimento de fertilizantes
O governo lançou, nesta sexta-feira (11), o Plano Nacional de Fertilizantes, que tem como objetivo estimular a produção nacional e consequentemente diminuir a dependência brasileira das importações. Trata-se de uma medida, que já estava sendo discutida e planejada há certo tempo, mas que apresentará resultados apenas no médio e longo prazo.
Diante da conjuntura de oferta restrita e alta dos preços dos adubos, devido a gargalos de produção e logísticos decorrentes da pandemia e agora, claro, em decorrência da guerra no Leste Europeu, importante região produtora de fertilizantes, a dependência das importações ficou escancarada.
Todavia, este quadro não pode servir de pretexto para propostas, como, por exemplo, a da possibilidade de exploração de terras indígenas. Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico Brasileiro divulgados nesta semana mostram que a mineração destas áreas não contribuiria para melhorar o abastecimento de fertilizantes.
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