Exportações de carnes do Paraná batem recorde em setembro
Paraná se destaca nas exportações de carnes em setembro, com recorde na suína e forte alta na bovina impulsionada pela demanda chinesa

Exportações de carnes do Paraná atingem recorde com destaque para a suína e crescimento da bovina. Foto: José Fernando Ogura / Arquivo AEN

As exportações de carnes do Paraná registraram forte crescimento em setembro, segundo o Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O volume embarcado de carne suína chegou a 25,2 mil toneladas, aumento de 35,5% em relação ao mesmo mês de 2024.
As Filipinas lideraram as compras, com 5,7 mil toneladas. O país manteve-se como principal destino pelo quinto mês consecutivo. Isso evidencia a consolidação de um novo mercado, destacou a veterinária do Deral, Priscila Marcenovicz. Já o Vietnã ficou em segundo lugar, seguido de Hong Kong, que, embora tenha recuado no mês, segue como principal destino das exportações paranaenses no acumulado do ano.
Além disso, o Uruguai e a Argentina também ampliaram as importações. Outros destinos foram os Emirados Árabes Unidos, a Geórgia, a Costa do Marfim e Cuba. Para Marcenovicz, o bom desempenho reforça a confiança internacional na qualidade da produção paranaense. Também reflete os efeitos positivos da abertura de novos mercados e da ampliação das parcerias comerciais.
Enquanto isso, a carne bovina brasileira também teve avanço expressivo. Em setembro, o Brasil exportou 347 mil toneladas, com receita de US$ 1,9 bilhão. Segundo o veterinário do Deral, Thiago de Marchi da Silva, mesmo com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o volume exportado foi absorvido por outros compradores.
Entre eles, a China se destacou ao aumentar suas compras em quase 40% em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, o Paraguai passou a importar carne brasileira para abastecer o consumo interno e exportar sua própria produção aos EUA. De janeiro a setembro de 2025, as importações paraguaias cresceram 90% na comparação anual, informou Silva.
