O vice-presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Mário Borba, afirmou que a pesquisa "Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil" preenche a lacuna que faltava para compreender os motivos que impedem o produtor rural de ter uma estrutura de armazéns dentro da sua propriedade para comercializar seu grão em momentos mais oportunos.
Encomendada pela CNA, a pesquisa inédita foi realizada com produtores rurais de todas as regiões do Brasil e traça um perfil completo da armazenagem de grãos dentro das propriedades rurais. O estudo foi realizado pela Esalq-Log (USP) e ouviu 1.065 produtores rurais no final de 2022.
De acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistados não têm infraestrutura de armazenagem na propriedade, enquanto 19,8% possuem armazém do tipo silo, convencional ou graneleiro. O estudo apontou também que 72,7% dos produtores ouvidos investiriam em armazéns mediante condições atrativas de crédito e taxas de juros. A pesquisa mostrou, ainda, que a armazenagem traz ganhos econômicos para a propriedade.
“É importante lembrar que, no Brasil, somente 15% das fazendas possuem armazéns. Melhorar esse cenário, conforme a visão dos próprios produtores, requer disponibilidade de crédito com taxas de juros atrativas, qualificação de mão de obra, investimento na infraestrutura de distribuição de energia e manutenção do sistema viário de transporte, o que inclui as estradas vicinais", afirmou Borba, que preside a Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA.