A abertura do evento contou com a presença do presidente da Frenlogi, deputado Diego Andrade (PSD-MG) e do deputado e vice-presidente da FPA na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que também é membro e responsável pela Câmara Temática de Armazenagem da frente.
“Nós temos aqui uma massa de inteligência e representação para podermos fazer, sim, um plano especial estruturante para a armazenagem brasileira, afirmou Arnaldo Jardim durante o evento.
O seminário foi uma iniciativa conjunta de quatro frentes parlamentares que possuem pauta comum para elaboração de um plano estruturado para o setor de armazenagem no Brasil. No decorrer do encontro, os convidados destacaram práticas, inovações, tecnologias e processos eficientes relacionados à armazenagem.
O foco do debate girou em torno das dificuldades de armazenagem no Brasil, vários aspectos foram abordados, desde questões financeiras, de empréstimos, passando por infraestrutura ao fortalecimento do cooperativismo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a capacidade de armazenagem agrícola cresceu 1,8% e chegou a 192,2 milhões de toneladas no 2º semestre de 2022.
“Hoje a nossa capacidade de armazenagem é em torno de 130 milhões de toneladas. Só a safra de grãos é de 318 milhões de toneladas. Isso tem imposto, perdas aos produtores, desperdício dos nossos produtos e perda de competitividade”.
Durante o debate, o vice-presidente da FPA ressaltou que não há interesse em fazer disputa ideológica no setor do agro e explicou que o pequeno produtor e a agricultura familiar têm sua função complementar com o médio, o grande e com o agricultor de escala. “São funções distintas e que se complementam. E isso exige soluções diferenciadas, então o pequeno tem que ter uma determinada estrutura para a sua armazenagem e o médio e o grande terão outro conceito com relação a essa questão”.
O diretor de Agronegócio do Banco Itaú, Pedro Fernandes, falou sobre como as instituições financeiras podem ajudar na questão do financiamento dos armazéns. “O subsídio tem que ser dado para quem precisa de mais suporte que é o pequeno, mas ainda, sim, a gente tem que olhar a melhoria da capacidade de armazenagem do país como todo e sem preconceito se é uma estrutura grande ou pequena, ou quem é o dono”, explicou.
O Secretário de Política agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo, falou sobre a situação da armazenagem no Brasil e também da necessidade do Brasil calibrar até onde vai o limite individual de financiamento. “Temos que estabelecer limites para pulverizar mais os beneficiados, focado sempre nesse produtor rural para armazenagem em sua propriedade rural”. E afirmou que o papel do MAPA é negociar e viabilizar recursos junto ao Tesouro Nacional. “Por isso, trabalhamos e estamos desempenhando junto ao BNDES, Banco Brasil e demais bancos para viabilizar empréstimos aos proprietários rurais”, afirmou.
Durante o evento, foram apresentadas informações detalhadas sobre a capacidade de armazenamento agrícola no país, assim como estratégias para lidar com os aspectos logísticos que impactam essa área crucial para a economia nacional. Além disso, foram apresentadas informações sobre a capacidade de armazenamento agrícola e sua distribuição pelo território nacional, bem como soluções para as dificuldades logísticas existentes.