Com liberação de R$ 53,3 bilhões no Plano Safra 24/25, Sicredi mantém liderança no crédito rural

O Plano Safra 2025/26 foi lançado no dia 01/07 pelo Governo Federal com o anúncio de R$ 516,2 bilhões e foco em crédito sustentável.Em entrevista para o portal RuralNews, Gilson salientou que a carteira agro do Sicredi ultrapassou R$ 110 bilhões, mantendo a liderança em número de repasses ao agronegócio, dentre as instituições privadas.
A instituição, segundo Gilson, é responsável por cerca de 8% a 12% de todo o crédito rural no Brasil. Em 2024, a carteira agro do Sicredi obteve um crescimento de 21% em relação ao ano anterior e liderou os repasses do BNDES, com R$ 12,2 bilhões, dos quais R$ 8,4 bilhões foram destinados a programas agropecuários.

Entre as novidades, os programas de modernização, como Moderagro e Inovagro, foram unificados, com destaque para o aumento dos limites de crédito para estruturas como granjas. Outra mudança no no Plano Safra é que o RenovAgro Ambiental passou a permitir o financiamento de ações contra incêndios e recomposição de áreas de preservação.

Segundo o executivo, a presença do Sicredi em todo o território nacional permite entender de forma personalizada as necessidades dos produtores, oferecendo soluções financeiras mais adequadas às diferentes realidades do campo. "Nosso compromisso vai além da liderança em volume de crédito agro: buscamos fomentar o crescimento sustentável do setor e apoiar inovações que contribuam para seu fortalecimento contínuo, além de manter um relacionamento próximo com nossos associados”, afirmou Gilson ao portal RuralNews.

Cédulas de Produto Rural (CPR)

As Cédulas de Produto Rural (CPR) se consolidaram como uma das principais alternativas de financiamento para o agronegócio, oferecendo acesso rápido ao crédito com condições menos exigentes. Em março, o Sicredi registrou saldo superior a R$ 30,4 bilhões em CPR, compondo parte de sua carteira de crédito total de mais de R$ 261,7 bilhões. No mesmo ano, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) também obteve desempenho expressivo, com alta de 30% — somando R$ 47 bilhões e superando o crescimento do mercado.

Pronaf

Em 2024, a cooperativa destinou mais de R$ 9,6 bilhões por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Entre julho de 2024 e março, foram realizadas mais de 135 mil operações via Pronaf, com investimentos que superaram R$ 9,6 bilhões, reforçando a atuação do Sicredi no fortalecimento da atividade rural.

Consórcios e seguros

O consórcio se consolida como uma alternativa estratégica no portfólio do Sicredi para a aquisição de máquinas, veículos e imóveis. Em 2024, a instituição atingiu R$ 14,8 bilhões em comercialização do produto, avanço de 31,9% em comparação com o ano anterior.

O desempenho superou o crescimento de 19% registrado pelo mercado no mesmo período, segundo a Associação Brasileira de Consórcios (ABAC). Com isso, a carteira de consórcios sob gestão chegou a R$ 50 bilhões, colocando o Sicredi entre as sete maiores administradoras do Brasil em cotas administradas.

“Para os associados que não têm urgência na aquisição do bem, o consórcio representa uma opção financeiramente mais eficiente, com menores custos e condições vantajosas”, finaliza Devanir Brisola, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ.

Seguro agrícola

O Sicredi também fortalece sua atuação no setor de seguros, oferecendo coberturas que protegem as operações agrícolas contra uma ampla variedade de riscos. No primeiro trimestre de 2025, o Sicredi registrou um avanço expressivo em sua carteira de seguro agrícola, com mais de R$ 392 milhões em valores referentes a contratações. O desempenho representa um crescimento de 89% na área segurada e de 72% no volume total de negócios em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Com 787 mil produtores rurais associados — sendo 83% da agricultura familiar, 12% médios produtores e 5% grandes produtores —, o Sicredi reafirma seu compromisso com a diversificação do atendimento. “Esses números refletem nossa missão de oferecer alternativas financeiras adequadas às necessidades de cada produtor, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento nas comunidades rurais”, destacou o executivo.


Texto publicado originalmente em Destaques