Soja no Brasil: 50 anos de ciência e evolução no campo
De planta selvagem na Ásia a protagonista do agronegócio nacional, soja ganha exposição que celebra 50 anos da Embrapa
Por: Angela Ruiz
Há cerca de 4 mil anos, a soja crescia de forma espontânea no leste da Ásia e foi domesticada pelos chineses, tornando-se uma das primeiras culturas agrícolas da história. A planta que hoje sustenta o agronegócio brasileiro ainda carrega a base genética daquela ancestral asiática, mas passou por profundas transformações ao longo dos séculos.
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A chegada da soja ao Brasil aconteceu em 1882, quando os primeiros testes foram realizados na Bahia com cultivares norte-americanas, ainda sem sucesso. Só em 1914, com experimentos no Rio Grande do Sul, a cultura começou a se adaptar ao clima brasileiro, ganhando força comercial a partir de 1924. Mas foi a partir dos anos 1960 que a soja passou a ter importância econômica, com a expansão para outras regiões e o investimento em pesquisa.
Com papel decisivo nesse processo, a Embrapa Soja contribuiu para desenvolver cultivares adaptadas ao Cerrado, uma região antes considerada inóspita para a cultura. A exposição criada para celebrar os 50 anos da instituição apresenta variedades icônicas como Santa Rosa — a primeira cultivar 100% brasileira — e outras que marcaram época por sua resistência a doenças como cancro da haste e nematoides.
Além de mostrar o passado, a mostra também aponta para o futuro. Um dos focos atuais da pesquisa é o desenvolvimento de plantas mais tolerantes à seca e a estresses climáticos, que estão se intensificando. A nova fronteira da ciência é a edição gênica — com técnicas como o CRISPR — que permite modificar diretamente genes ligados à resistência hídrica, sem utilizar transgenia. Algumas variedades já foram testadas em campo na última safra.
O túnel do tempo da soja é mais que uma exposição: é o retrato de como a ciência, os pesquisadores e os produtores ajudaram o Brasil a se tornar um dos maiores produtores mundiais da oleaginosa, com tecnologia de ponta e sustentabilidade.
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Texto publicado originalmente em Notícias
A chegada da soja ao Brasil aconteceu em 1882, quando os primeiros testes foram realizados na Bahia com cultivares norte-americanas, ainda sem sucesso. Só em 1914, com experimentos no Rio Grande do Sul, a cultura começou a se adaptar ao clima brasileiro, ganhando força comercial a partir de 1924. Mas foi a partir dos anos 1960 que a soja passou a ter importância econômica, com a expansão para outras regiões e o investimento em pesquisa.
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Além de mostrar o passado, a mostra também aponta para o futuro. Um dos focos atuais da pesquisa é o desenvolvimento de plantas mais tolerantes à seca e a estresses climáticos, que estão se intensificando. A nova fronteira da ciência é a edição gênica — com técnicas como o CRISPR — que permite modificar diretamente genes ligados à resistência hídrica, sem utilizar transgenia. Algumas variedades já foram testadas em campo na última safra.
O túnel do tempo da soja é mais que uma exposição: é o retrato de como a ciência, os pesquisadores e os produtores ajudaram o Brasil a se tornar um dos maiores produtores mundiais da oleaginosa, com tecnologia de ponta e sustentabilidade.
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