Nova edição amplia acesso ao financiamento, valoriza práticas sustentáveis e apoia produtores em dificuldade
O Governo Federal lançou nesta terça-feira (1º) o Plano Safra 2025/2026, com R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial. O valor representa um acréscimo de R$ 8 bilhões em relação ao ciclo anterior. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o plano contempla operações de custeio, comercialização e investimento para médios e grandes produtores. As taxas de juros, prazos e limites de crédito variam conforme o perfil do beneficiário e serão detalhadas pelo MAPA.
Entre as novidades, está a ampliação da exigência do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que passa a ser obrigatória para todas as operações de custeio, independentemente do valor ou enquadramento no Proagro. A medida busca tornar o crédito mais seguro e sustentável, evitando liberações fora do período adequado ou em áreas com risco elevado.
Também passa a ser permitido o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da contratação do crédito. Outras mudanças incluem a inclusão da produção de sementes e mudas florestais nas linhas de financiamento, bem como a cobertura vegetal entre safras.
Para produtores que enfrentaram perdas recentes, o plano traz facilidades para renegociação de dívidas. Além disso, foi ampliado o acesso ao Funcafé, permitindo que produtores já beneficiados por outras linhas do Plano Safra possam acessar recursos do fundo para investir na produção cafeeira.
Os programas de modernização, como Moderagro e Inovagro, foram unificados, com destaque para o aumento dos limites de crédito para estruturas como granjas. Já o RenovAgro Ambiental passa a permitir o financiamento de ações contra incêndios e recomposição de áreas de preservação.
O Programa para Construção de Armazéns (PCA) também foi fortalecido: o limite de capacidade por projeto passou de 6 mil para 12 mil toneladas, ampliando o suporte à armazenagem. Outra medida importante foi o aumento no teto de renda para enquadramento no Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões ao ano.
Com o slogan "Força para o Brasil crescer", o novo Plano Safra reforça a estratégia de crescimento sustentável e modernização do agro brasileiro.