Com 51% de recursos livres, Sicredi se consolida como um dos principais agentes de crédito rural

E em 2024, a carteira agro do Sicredi obteve um crescimento de 21% em relação ao ano anterior e liderou os repasses do BNDES, com R$ 12,2 bilhões, dos quais R$ 8,4 bilhões foram destinados a programas agropecuários. O Plano Safra 2025/26 foi lançado no dia 01/07 pelo Governo Federal com o anúncio de R$ 516,2 bilhões e foco em crédito sustentável.
Em entrevista para o portal RuralNews, Gilson salientou que a carteira agro do Sicredi ultrapassou R$ 110 bilhões, mantendo a liderança em número de repasses ao agronegócio, dentre as instituições privadas. Segundo o executivo, No agronegócio, inovação vai além da tecnologia: envolve também parcerias estratégicas e acesso facilitado ao crédito.

"No atual cenário, o volume de crédito anunciado pelo Governo Federal esta dentro do que esperávamos, apesar de as entidades representativas ansiavam por valores mais robustos, afirmou o executivo.

Recursos livres

Além dos recursos liberados pelo Plano Safra, outra fonte de crédito para o produtor rural são os recursos livres que o produtor pode tomar diretamente com o Sicredi. "É um dinheiro que não vem do Governo Federal. É um crédito próprio da instituição, que capta recursos no mercado para poder emprestar ao produtor rural com juros mais competitivos", destaca Gilson, destacando que 51% do recurso liberado pelo Sicredi é recurso livre.

"Então, quando acaba os recursos subsidiados pelo Governo Federal, o que sempre acontece, ainda mais neste cenário econômico, o associado do Sicredi tem essa opção". O executivo afirma que para ter acesso a esses recursos, basta o produtor rural procurar uma das mais de 2,8 mil agências distribuída em todo o Brasil.

Programa Pró-Trator

A relevância do Sicredi como agente de crédito rural também se traduz em parcerias estratégicas para a ampliação do acesso ao crédito. Um dos exemplos, é a operação pioneira do programa Pró-Trator, no Estado de São Paulo. O Sicredi foi a primeira entidade financeira a operar o programa lançado em maio de 2024 pelo Governo do Estado.

Credenciado junto ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), tornou-se um parceiro essencial para quem busca modernizar suas operações.Até fevereiro de 2025, o Sicredi liberou R$ 22,5 milhões, com subsídios de R$ 3,5 milhões em mais de 170 operações dentro do programa.

Para este ano, a expectativa é que o Sicredi continue impulsionando a modernização agrícola, com previsão de liberar mais R$ 50 milhões. “Nosso objetivo é oferecer condições ideais para que os produtores ampliem sua competitividade e incorporem inovações às suas atividades”, afirma o gerente Gilson Farias.

Sustentabilidade

O Sicredi tem uma área específica para cuidar da sustentabilidade. "A gente estimula os produtores a adotarem práticas sustentáveis, pois os produtores rurais que se preocupam com essa questãp ambiental ganham descontos nas taxas de juros", salienta. Tradicionalmente, a insituição oferece opções de financiamento muito boas para a instalação de energia fotovoltaica nas propriedades rurais, além de outros setores, como usinas de biogás e outroas vertentes sustentáveis.

Vantagens de ser associado

A participação nos resultados da instituição é, segundo Gilson Farias, um dos grandes diferenciais do Sicredi frente às instituições financeiras tradicionais. Ele salienta que o Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. "Nosso modelo de gestão valoriza a participação dos 9 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio, recebendo sobras anualmente", afirma.

Com base nesse contexto, Gilson saliente que o produtor rural é excelente da porteira para dentro e, muitas vezes, tem dificuldades na hora de fazer investimentos financeiros. Hoje a instituição disponibiliza uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras. "Assim, quando o produtor precisa investir seus recursos, o Sicredi também fornece todo o suporte e orientações necessárias", destaca Gilson.
Texto publicado originalmente em Notícias