O trigo no mercado global recua devido às exportações dos EUA e ao clima adverso na Europa e Ucrânia, enquanto os preços seguem mistos nas principais bolsas
O trigo no mercado global encerrou o mês com variações moderadas, segundo análise da TF Agroeconômica. Enquanto isso, as cotações nas bolsas dos Estados Unidos fecharam com leve queda, porém, o contrato de Kansas teve pequena alta, indicando assim certa volatilidade no mercado.
Na Europa, o trigo de moagem encerrou o dia em baixa, refletindo, portanto, o excesso de chuvas durante a colheita. Além disso, a Ucrânia também enfrenta cortes nas projeções de safra, o que traz incertezas para os próximos meses.
O clima seco e quente reduziu a produtividade do trigo na Ucrânia. A consultoria SovEcon estima uma safra de 19,8 milhões de toneladas, abaixo das 22,6 milhões previstas. Por outro lado, na União Europeia, o excesso de chuvas afeta a qualidade dos grãos em países como Alemanha e Polônia, o que contribui para uma oferta pressionada.
Nos Estados Unidos, as vendas semanais para exportação caíram 16,8%, segundo o USDA. Entretanto, a Nigéria comprou 100 mil toneladas adicionais de trigo americano, o que demonstra que ainda há demanda significativa. No entanto, a valorização do dólar frente ao euro nos dias anteriores reduziu a competitividade dos grãos dos EUA no mercado global, impactando assim os preços.
Os preços do trigo variam entre as origens. Por exemplo, o hard americano foi cotado a US$ 234, o soft a US$ 216, o argentino a US$ 232, o francês a US$ 232 e o russo a US$ 235, indicando que as diferenças regionais influenciam diretamente nas cotações.