Queda de preço do café chega a 11% em uma semana, mas mesmo com recuo o mercado segue sustentado por oferta restrita e estoques baixos
O mercado de café registrou forte retração na segunda quinzena de setembro, segundo levantamentos do Cepea. Entre os fatores que pressionaram as cotações estão a expectativa de chuvas mais expressivas nas regiões produtoras do Brasil, a realização de lucros, a liquidação de posições de compra na Bolsa de Nova York (ICE Futures) após fortes altas e a possível retirada das tarifas dos Estados Unidos sobre o café.
Entre 15 e 22 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, recuou 10,2%. A saca de 60 kg fechou a R$ 2.133,08 no dia 22.
No mesmo período, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, registrou queda de 11,1%, fechando a R$ 1.313,22 por saca de 60 kg.
Mesmo diante das baixas recentes, os pesquisadores do Cepea ressaltam que os preços continuam em patamares elevados. A oferta restrita, os estoques reduzidos e a sobretaxa do café brasileiro nos EUA ainda sustentam o mercado.