Soja perde força na CBOT com recuo motivado por corte na produção dos EUA e exportações do Brasil
A soja perde força na CBOT depois de acumular alta de 3,5% nos três primeiros pregões da semana. No intervalo desta quinta-feira, o contrato setembro recua 7 pontos, cotado a US$ 10,16.
Os ganhos anteriores foram impulsionados por declarações de Donald Trump, indicando que a China voltaria a comprar soja dos Estados Unidos em grande volume. Porém, o principal fator foi o corte na área de cultivo norte-americana, reduzindo de forma significativa a produção e os estoques finais.
Apesar do discurso, a China mantém resistência em adquirir soja dos EUA, priorizando embarques do Brasil. Ainda assim, as vendas semanais norte-americanas, divulgadas pelo USDA, alcançaram 1,13 milhão de toneladas.
No Brasil, a Conab divulgou o 11º levantamento da safra, estimando produção de 169,7 milhões de toneladas, volume acima do mês anterior e muito superior às 147,7 milhões do ciclo passado. As exportações estão projetadas em 106,3 milhões de toneladas, contra 98,8 milhões no ano anterior. O esmagamento deve somar 60,7 milhões de toneladas, com produção de 43,8 milhões de farelo (23,6 milhões destinados à exportação) e 11,4 milhões de óleo (1,4 milhão exportado).
A área semeada foi de 47,64 milhões de hectares, aumento de 3,2% sobre a temporada anterior. Nos portos brasileiros, os prêmios estão entre 175 e 190 no spot e de 180 a 200 para setembro. No oeste do Paraná, segundo a Granoeste, as indicações de compra variam entre R$ 132,00 e R$ 136,00. Em Paranaguá, os valores ficam de R$ 142,00 a R$ 145,00, conforme prazo de pagamento e, no interior, também de acordo com o local e o período de embarque.