NOAA alerta para La Niña na primavera, com risco de chuvas irregulares e temperaturas baixas que podem afetar a agricultura brasileira.
A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) elevou para 56% a probabilidade de formação do La Niña durante a primavera no Hemisfério Sul. Com isso, o nível de alerta passou para a categoria “Watch” (Alerta). Segundo o relatório, o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial já apresenta características típicas do fenômeno climático.
O La Niña ocorre quando as águas do Pacífico Equatorial esfriam, modificando padrões atmosféricos e influenciando o clima global. No Brasil, seus efeitos aparecem principalmente no inverno e na primavera, alterando a distribuição de chuvas e favorecendo ondas de frio.
Durante o inverno, temperaturas baixas já indicavam sinais de uma “quase” La Niña, contribuindo para a chegada de massas de ar polar, responsáveis por frio intenso no Sul. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade (IRI), o fenômeno pode se manter até o início do verão, retornando gradualmente à neutralidade climática.
Caso o La Niña se confirme, a primavera pode trazer impactos diferentes para cada região do país. No Sul, a irregularidade das chuvas pode prejudicar o plantio e o abastecimento hídrico. No Norte, há previsão de precipitação acima da média, com risco de elevação do nível dos rios, o que pode afetar a logística agrícola. Já no Sudeste, as temperaturas mais baixas podem ocasionar novas ondas de frio, interferindo no desenvolvimento de algumas culturas.
De acordo com o Agroclima by Climatempo, as próximas semanas serão decisivas para observar a evolução do fenômeno e seus impactos no clima e na produção agrícola no país.