Na semana passada, o mercado de milho ficou menos aquecido, em relação à semana anterior, segundo analistas da plataforma Grão Direto. A colheita da safra 2021/22 continua, ainda, em algumas regiões, porém ela está em fase final. Paralelo a isso, o plantio e desenvolvimento da safrinha 2022 continua em condições satisfatórias, apesar de haver certa preocupação com chuvas irregulares nos próximos dias. Somado a isso, no mês de março, o Brasil exportou apenas 14.278,9 toneladas de milho, ficando abaixo de níveis de 10 anos atrás, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esses fatores pressionaram as cotações do mercado físico, que tiveram mais uma semana de desvalorização. Chicago (CBOT) finalizou a semana com alta de 4,75%, encerrando a $ 7,68 dólares por bushel.
Já o dólar fechou a semana com alta de 0,86%, valendo R$ 4,71. No cenário de dólar e Chicago em alta, as exportações ficam mais atrativas, porém o mercado doméstico desabastecido se torna um contrapeso nesse cenário. Para essa semana, os preços do mercado físico de milho poderão continuar em queda diante da continuidade da colheita, junto ao plantio e desenvolvimento da safrinha 2022 de forma satisfatória. Essa semana será mais curta, por conta do feriado na sexta-feira (15/04) no Brasil, Europa e EUA. O mercado ainda continuará absorvendo os números do último relatório, encontrando potencial para buscar e romper, definitivamente os US$ 17,00 por bushel. Com o início do plantio nos EUA, daqui para frente condições climáticas sobre o cinturão produtor americano podem trazer forte influência em Chicago.
Os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional também será outro catalisador, podendo ser influenciado pelos lockdowns na China, causado por um novo surto de Covid-19. O dólar poderá continuar seu movimento de queda após a divulgação dos dados de inflação no Brasil. Caso haja uma queda da moeda americana e alta de Chicago, as cotações da soja brasileira poderão ficar estabilizadas, sem movimentações significativas.