Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o início deste mês cerca de 15% dos 403 mil hectares cultivados com a oleaginosa no estado já haviam sido colhidos.
O percentual corresponde a mais de 60 mil hectares e tende a avançar em um ritmo mais intenso, assim que as condições climáticas estejam mais favoráveis à entrada dos maquinários nas lavouras. Vale ressaltar que ao mesmo tempo em que se intensifica a colheita da soja, avança em todo o estado a semeadura do milho 2ª safra, utilizando a mesma área ocupada pela oleaginosa.
Tendência do Clima
Aos poucos, a chuva diminui sobre o Sudeste e Centro-Oeste e permite a volta das atividades no campo, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. A precipitação aumenta no Sul, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Paraná, a chuva fica mais concentrada em Curitiba e região de Guarapuava.
No próximo domingo (27), há uma tendência de muita chuva com acumulados acima de 100mm nos próximos 7 dias no Sul do Brasil. A chuva chega tarde ao estado gaúcho, mas pode ajudar a encher os rios e colaborar com a soja tardia e estancar as perdas na cultura.
Por outro lado, a chuva pode dificultar a colheita do milho e prejudicar o arroz. O Paraná que está colhendo soja e instalando milho vai sentir a falta de chuva. No noroeste do Paraná, boa parte de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, a umidade do solo está baixa e a tendência é que diminua ainda mais. Por enquanto, a expectativa é de maior diminuição da umidade no norte do estado de São Paulo.
Na primeira semana de março, a tendência é do aumento da chuva em áreas do Paraná e Mato Grosso do Sul. São Paulo continua com chuva abaixo da média e precipitações inferiores ao normal em boa parte de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Este cenário garante condições favoráveis para os trabalhos no campo.
No Matopiba, há uma tendência do aumento da chuva no período entre 27 de fevereiro e 05 de março.
Área de soja
Na atual temporada, a área ocupada com soja deverá ser acrescida em 1,6% em relação à safra passada, conforme aponta o 5º levantamento de safra divulgado neste mês pela Conab.
O plantio da oleaginosa ocorreu dentro da janela ideal na maioria das regiões produtoras, o que gerou expectativas positivas. No entanto, o alto custo de produção e a oferta reduzida de fertilizantes impactaram no manejo da cultura, que resulta numa expectativa de produtividade das lavouras mais baixa, podendo chegar a 3.308 quilos colhidos por hectare plantado. Com isso, a colheita esperada é de 1,33 milhões de toneladas, leve queda de 3,1% quando comparado com o ciclo anterior.
O escoamento do principal grão cultivado no estado, por sua vez, inicialmente, ocorre das fazendas, silos e secadores por via terrestre até os portos situados na capital em Porto Velho. Posteriormente o trajeto é feito via fluvial a partir da hidrovia do Madeira, utilizando-se de comboios com várias barcaças e empurrador, tendo como destino inicial os portos de Manaus-AM, Itacoatiara-AM e Santarém-PA.
Em seguida, o transporte e a exportação são realizados por navios, tendo como principais destinos os portos situados na Espanha, Reino Unido, Turquia, Argélia, Holanda, França, Portugal, Tunísia, México, Itália, Rússia, Grécia, Bélgica, Irã e China.
Como monitorar uma safra e monitorar sua fazenda?
Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra.