O próximo domingo (12/06), será marcado por temperaturas baixas, no Oeste do Paraná onde há áreas produtoras de milho, indica o modelo de previsão GFS/NOAA. Há potencial para ocorrência de geada que pode danificar a cultura. Em Toledo e Ubiratã, temperatura entre 3°C e 5°C. Em Assis Chateaubriand, entre 4°C e 6°C, em São Miguel do Iguaçu e Cascavel entre 2°C e 4°C. Para as áreas de feijão do Paraná e de hortifruti dos Campos Gerais, há risco para geadas mais amplas e fortes. Para a cana de açúcar, a temperatura prevista não é tão baixa tanto no Paraná como em Mato Grosso o Sul. A mesma situação vale para o café do Paraná, São Paulo, Minas Gerais onde as simulações de previsão não indicam frio extremo.
"Desta vez, o frio será forte no Sul com vários municípios registrando temperaturas negativas, mas esse ar polar não tem força para avançar sobre o Brasil com grande intensidade e varrendo áreas extensas do país como foi observado no mês de maio. Essa é a diferença", analisa o agro meteorologista Celso Oliveira.
Segundo Paulo Vallini, diretor do Sindicato Rural de Cascavel, a situação preocupa alguns agricultores que plantaram um pouco mais tarde o milho safrinha. "Apesar de termos algumas lavouras já quase no ponto de colheita, outras estão ainda em desenvolvimento e poderão ser afetadas por uma possível geada nestes dias", afirma. Outra preocupação, segundo ele, a umidade dos grãos nas lavouras que já estão quase prontas para colher. "Vamos precisar de pelo menos 10 dias de muito sol para baixar o nível de umidade dos grãos para poder iniciar a colheita e, pelo que vemos, não há previsão por enquanto desse cenário", salienta.
Chuvas no Brasil
Para os próximos 7 dias, há uma expectativa de volumes altos para essa época do ano em Mato Grosso, Rondônia, Acre, norte de Mato Grosso do Sul, sudoeste de Goiás, com acumulados entre 20 e 50 mm. A chuva avança sobre áreas produtoras de cana, laranja e café e deve diminuir o ritmo de colheita. No leste do Nordeste, ainda há previsão de chuva, principalmente entre Bahia e Paraíba. Rondônia, norte do Amazonas e Amapá também há condições para chuva forte, neste período.
Do dia 16 a 22 de junho, há um indicativo de chuva intensa (100 milímetros), entre o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No decorrer de Julho, a tendência é que essas chuvas mais fortes fiquem concentradas entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul. Isso, faz com que o Brasil tenha um Julho mais seco.