Receita do tabaco cresce mais de R$ 2,3 bilhões em um ano e mantém protagonismo para 138 mil famílias
Mesmo com a diversificação das atividades nas propriedades rurais, o tabaco continua sendo a principal fonte de renda para milhares de famílias no Sul do Brasil. Segundo levantamento da Afubra, entre as safras 2023/2024 e 2024/2025, a receita da cultura cresceu mais de R$ 2,3 bilhões, reforçando seu papel central na economia local.
A safra 2024/2025 gerou receita total de R$ 24,3 bilhões, aumento de 16,15% em relação ao ano anterior. Desse total, R$ 14,17 bilhões vieram do tabaco, representando 58,3% da renda das propriedades. Na safra anterior, a participação da cultura era de 56,3%, com receita de R$ 11,78 bilhões. Dessa forma, o tabaco se mantém como pilar econômico da região.
“Com cadeia produtiva consolidada e demanda estável no mercado externo, a cultura segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores”, afirma Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.
O levantamento também indica crescimento na receita de outras culturas agrícolas, que passaram de R$ 3,83 bilhões para R$ 5,5 bilhões, salto de 43,85%. Além disso, a participação dessas culturas na renda das propriedades subiu de 18,3% para 22,7%. Portanto, embora o tabaco seja dominante, a diversificação contribui cada vez mais para a sustentabilidade financeira das propriedades.
Por outro lado, a receita da produção animal e produtos granjeiros caiu de R$ 5,32 bilhões para R$ 4,63 bilhões. Com isso, a participação desses produtos na renda total diminuiu de 25,4% para 19,1%. Segundo Thesing, “o movimento pode indicar um reposicionamento dos produtores frente aos custos e à rentabilidade do setor pecuário”.
Outro destaque é o aumento no número de famílias produtoras, que passou de 133 mil para 138 mil, crescimento de 3,76%. Esse dado mostra que o setor segue atraente economicamente, incentivando novos produtores a ingressar na atividade.