Colheita do tabaco é aberta oficialmente no Rio Grande do Sul
O momento simbólico foi realizado no Parque da Expoagro Afubra em Rio Pardo (RS) e evidenciou a relevância econômica e social para quase 70 mil produtores gaúchos.
Com a presença de autoridades e representantes da cadeia produtiva, aconteceu nesta sexta-feira, 08 de novembro, em Rio Pardo (RS),a 6ª Abertura Oficial da Colheita do Tabaco. O evento foi promovido pelas Secretarias de Desenvolvimento Rural e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
O Rio Grande do Sul concentra 43% da produção de tabaco sul-brasileira que na safra 2023/2024 alcançou, na Região Sul do Brasil, 508 mil toneladas. Somente no Estado gaúcho, a atividade envolve quase 70 mil produtores, em cerca de 200 municípios.
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A programação foi realizada no Parque da Expoagro Afubra, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo (RS).Para opresidente da Afubra, Marcilio Drescher, foi uma alegria poder sediar o evento. “A abertura oficial deu reconhecimento ao setor pela importância de renda para as famílias produtoras e retorno financeiro aos municípios. Quando mais uma safra se encaminha para a colheita, é um marco para os produtores iniciarem com esperança de que o fruto do seu trabalho será reconhecido", afirmou Drescher.
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, agradeceu a Afubra pelo apoio e a cedência do parque para a realização do evento. “A abertura da colheita do tabaco é um evento festivo, de celebração, que destaca a importância da cadeia produtiva do tabaco, essa cultura centenária que gera renda e emprego, exporta divisas e gera tributos", salientou.
Abertura da colheita reuniu representantes da cadeia produtiva, produtores e autoridades - Foto: Junio Nunes
Segundo Valmor, é também um momento para homenagear o trabalho de homens e mulheres que geram riqueza para os municípios e o Estado e de "de renovar a fortaleza do nosso Sistema Integrado de Produção e, por consequência, da liderança do Brasil no mercado mundial de tabaco”.
“
Até o momento, é uma safra que se encaminha para ser normal em qualidade e produtividade. Mas, depois da colheita vem a comercialização e estamos ansiosos e esperançosos que tenhamos um bom preço
”
Marcilio Drescher, presidente da Afubra
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, trouxe informações sobre o cenário da agricultura familiar do Estado, em especial a do tabaco, mencionando números sociais e econômicos da atividade e exaltando a organização da cadeia produtiva. Ele dividiu também a preocupação do governo do Estado, em especial do SDR, para a recuperação do solo. “Estamos preparados para fazer o maior aporte de recursos para recuperação de solo, visando aumentar a produtividade, a qualidade e a renda”, comentou Covatti.
Marcilio Drescher, presidente da Afubra
Incorporado à agenda oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, desde 2017 a abertura da colheita se tornou um evento festivo e já foi realizada em diferentes regiões produtoras de tabaco no Estado. As últimas cinco edições foram sediadas em Venâncio Aires (2017), Canguçu (2018), Arroio do Tigre (2019), Vale do Sol (2021) e São Lourenço do Sul (2022).
Clair Kuhn, secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), falou sobre os recursos voltados à irrigação que estão à disposição dos produtores. “Sei da importância da assistência técnica, seja da Emater ou das empresas do setor", afirmou. Segundo ele, os produtores de tabaco nunca tiveram chance para pegar recursos do governo. "Hoje, os produtores têm essa oportunidade. A fase 1 do projeto de irrigação teve 264 projetos aprovados e já temos outros 400 sendo analisados, inclusive de produtores desta região”, falou Kuhn, fazendo um apelo para que os produtores busquem mais informações sobre o tema e declarando aberta a colheita do tabaco no Rio Grande do Sul.
Vilson Covatti, secretário do SDR - Foto: Junio Nunes
Também participaram do evento representantes da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, da Emater, bem como deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores da região.
Colheita segura
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco reforçou a importância da segurança dos trabalhadores durante a colheita. "Colheita é sinônimo de renda, mas também de saúde e segurança. É o momento de redobrar a atenção para a colheita segura, utilizando a vestimenta e observando as recomendações sobre os períodos do dia mais adequados para a tarefa", destacou.
Ele alertou que o trabalho seguro e decente é importante para o negócio e mostra que os produtores estão juntos nessa missão de conscientização sobre esses temas. "É uma mostra clara sobre o importante papel que o sistema integrado de produção de tabaco tem na vida de milhares de pessoas do meio rural”, reforçou Valmor Thesing.
O Sinditabaco
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo.
Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br