Painel na COP30 reforça papel da ciência do solo no financiamento sustentável
O evento foi organizado pela FAO com participação do Mapa para discutir e reforçar a urgência de restaurar a saúde do solo
Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou do painel sobre saúde do solo realizado na Blue Zone da COP30. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (20) e reuniu especialistas para discutir financiamento, evidências científicas e ações que impulsionam metas climáticas e de desenvolvimento sustentável.
O evento foi promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A entidade destacou que a saúde do solo é uma solução essencial para mitigação e adaptação climática. Além disso, o tema contribui para conservar a biodiversidade, restaurar áreas degradadas e fortalecer a segurança alimentar e nutricional.
Financiamento e colaboração como motores de avanço
Conteúdos relacionados
O debate mostrou que financiamento, ciência e colaboração internacional podem acelerar iniciativas de recuperação do solo conduzidas por produtores rurais. Dessa forma, as soluções tornam-se mais acessíveis e ampliam a resiliência climática dos sistemas agrícolas.
O auditor fiscal federal agropecuário Luís Rangel representou o Mapa no painel. Ele afirmou que a discussão aproximou ciência do solo e finanças sustentáveis. Segundo Rangel, o grupo concluiu que é necessário vincular saúde do solo ao crédito rural. Para isso, devem existir métricas claras capazes de medir a evolução da sustentabilidade nas propriedades. Ele também ressaltou que plataformas internacionais de dados sobre solos são fundamentais para iniciativas como o Caminho Verde Brasil.
Caminho Verde Brasil avança a agenda de sustentabilidade
O programa Caminho Verde Brasil incentiva práticas que recuperam o solo e aumentam a sustentabilidade das propriedades. A iniciativa está alinhada às discussões do painel, já que reforça a importância de indicadores de solo no crédito rural. Além disso, o debate recomendou ampliar plataformas internacionais de informação para facilitar financiamentos climáticos mais eficientes.
