Os preços da soja trabalham no campo negativo nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de terça-feira, com menos 9 cents, a U$ 12,67/novembro. O mercado segue guiado essencialmente por condições do mercado norte-americano: avanço da colheita, melhora das condições das lavouras mais tardias e aumento dos estoques de passagem de temporada. Em termos técnicos, o mau humor dos mercados, com fortalecimento do dólar e perdas dos mercados acionários, também jogam no campo negativo.
A colheita da safra de soja dos EUA chega a 23%, ante 20% do mesmo ponto do ano passado e média histórica de 22%. Houve avanço de 11 pontos na semana. As áreas que já entraram na fase de maturação somam 86%, contra 78% de um ano atrás.
A qualidade das lavouras mais tardias melhorou 2 pontos, segundo o relatório do USDA. As áreas tidas como boas/excelentes perfazem 52%, ante 50% da semana anterior e 55% da mesma semana do ano passado.
As exportações brasileiras de soja, segundo a SECEX, somaram 6,4MT no mês de setembro, elevando o total desta estação para 86,9MT, ante 68,0MT do mesmo período do ano passado. O ano agrícola deverá terminar, conforme projeção da consultoria Safras Mercado, com o despacho de 99,0MT, um acréscimo de 22,0MT em relação ao ciclo anterior.
No mercado doméstico, as indicações de compra seguem enfraquecidas – mas seguindo a gangorra entre alta do dólar e perdas na CBOT. O volume de negócios é limitado; os produtores focam as atenções na implantação da nova safra. Questões logísticas continuam pesando na formação do preço, com prêmios contidos e escalas alongadas de embarques e pagamentos. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 35/60 cents sobre a CBOT; para março, os prêmios estão na faixa de negativos 120/105.
Indicações de compra entre R$ 134,00/135,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 145,00/146,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.