FPA divulga nota sobre aumento de invasões de terra e cobra atuação do governo
Frente Parlamentar da Agropecuária aponta crescimento das ocupações no campo e manifesta preocupação com segurança jurídica e impactos na produção

Foto: Divulgação/FPA

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou uma nota manifestando preocupação com o aumento das invasões de propriedades rurais no Brasil. Segundo a entidade, as ações — intensificadas no período conhecido como "Abril Vermelho" — têm gerado insegurança jurídica, prejuízos econômicos e riscos à integridade de produtores rurais.
De acordo com a FPA, mesmo antes do mês de abril, já haviam sido registradas cinco invasões atribuídas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Em 2024, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) contabilizou 28 ocupações em diversos estados do país, incluindo Bahia, Ceará, Goiás, Paraná e São Paulo.
A entidade também critica a postura do governo federal, alegando conivência com as invasões e priorização orçamentária de demandas ligadas a movimentos sociais. Segundo a FPA, recursos destinados à agropecuária foram remanejados para ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário, totalizando mais de R$ 1 bilhão.
Na avaliação dos parlamentares, medidas recentes, como mudanças nas regras para a reforma agrária e titulação de terras, podem fragilizar ainda mais a segurança jurídica no campo e aumentar a politização da distribuição de terras.
O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), declarou que o cenário atual exige respostas efetivas por parte das autoridades para garantir a segurança dos produtores. “Precisamos de ações coordenadas do Judiciário e do Executivo para evitar conflitos maiores”, afirmou.
A nota também cita episódios recentes de ocupações em áreas consideradas produtivas, especialmente na Bahia e no Espírito Santo, e afirma que o aumento dessas ações coincide com o calendário de mobilizações do MST.
A entidade reforça seu compromisso com a legalidade, a defesa do direito à propriedade privada e a busca por soluções institucionais que garantam segurança e estabilidade para quem produz no campo.
