Em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Carlos Fávaro apresentou o balanço da viagem à China. Logo no primeiro dia de agenda em Pequim, após reunião com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Fávaro comunicou o levantamento do embargo às importações de carne bovina brasileira ao país asiático. Durou 29 dias, prazo recorde em relação a outros governos, que levaram cerca de 100 dias para retornar as exportações para a China. A paralisação das exportações à China ocorreu em fevereiro deste ano. Após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina, também conhecido como mal da “vaca louca”, em um animal no Pará. O ministro Fávaro contou ao presidente Lula do clima receptivo e amigável por parte da população chinesa nas ruas. Principalmente das autoridades do país, que mostraram boa vontade nas reuniões oficiais que discutiram novos acordos entre os dois países. Fávaro confirmou a Lula que já chegou a nove os registros de aberturas de mercado para produtos do setor agropecuário brasileiro neste ano. Número expressivo para tão pouco tempo de governo. Em janeiro, o Egito abriu mercado para o algodão e a Argélia para bovino vivo. Já em fevereiro, o Chile autorizou as importações de mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia (codorna), o Panamá para sêmen bubalino, o México de carne suína e a Malásia de gelatina bovina. Em março, tivemos a abertura do México para carnes bovina, além da carne de frango da Polinésia. “O Brasil volta a ser uma grande oportunidade para as relações comerciais com o parceiro da China. Isso significa oportunidades de empregos e renda”, frisou o ministro. Após a reunião com o presidente, o ministro falou à imprensa e reforçou que a viagem de Lula ao país asiático, trará ainda mais oportunidades ao agronegócio brasileiro com a assinatura de quatro acordos para o setor. “Tratativas importantes que há muitos anos a gente sonhava devem se concretizar com a presença do presidente Lula na China”. Uma delas é a certificação digital que deve tornar a tramitação mais rápida e confiável, diminuindo a burocracia para os exportadores brasileiros. De acordo com o Fávaro, o acordo trará um ganho importante para o setor. Assim como outra ação em andamento, que permite a operação direta entre real e a moeda chinesa, sem necessidade de dolarização. Estão entre as propostas apresentadas pelo Mapa: abertura de mercado para novos produtos do Brasil; ampliação da comercialização de milho, incentivo à exportação de carne suína e outros produtos e avanços na negociação do algodão e sorgo. Outro tema que merece destaque nessa missão foi a entrega de uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) para o ministro Carlos Fávaro, reconhecendo a qualidade, segurança e credibilidade do sistema de defesa brasileiro. “Para nós foi um motivo de grande orgulho e fortalecimento da nossa parceria”, disse Fávaro. Atualmente, o Brasil tem mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chinês. “As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos comercializados com a China”, celebra Fávaro. Outra pauta da agenda do Mapa na China foi a sustentabilidade. O ministro lembrou que o Brasil tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta área. De acordo com ele, o BNDES está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas para aumentar a produção sustentável no Brasil. A comitiva presidencial do Brasil deve seguir para a China no dia 11 de abril, e o nome do ministro Fávaro ja está confirmado. Carne bovina tem queda de 26% nas exportações no mês de março Apesar de recuo, média trimestral do arroz é a 2ª maior da história Safra 2022/23 encerra com desvalorização dos etanóis
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