Em tempos de desafios climáticos e seus impactos responsáveis por danos irreparáveis no campo, mais uma vez o Plano Safra deixou em segundo plano uma das coberturas mais importantes para garantir segurança e tranquilidade no campo: a subvenção ampla ao Seguro Rural.
Novamente, o Seguro Rural acaba não tendo o protagonismo que as entidades esperavam
A expectativa girava em torno da liberação de algo em torno de R$ 3 bilhões para o Seguro Rural. Porém, a realidade ficou bem distante, com o anúncio da liberação de recursos de R$ 1,116 bilhão, boa parte dedicada aos produtores do Rio Grande do Sul.
Durante o anúncio da liberação de recursos do Plano Safra que vão garantir o repasse de R$ 76 bilhões para a agricultura familiar e R$ 400 bilhões para os médios e grandes produtores rurais, o ministro da Agricultura, enfatizou a liberação de recursos direcionados aos produtores do Rio Grande do Sul. Foi uma postura compreensível, diante da tragédia verificada no Sul, entretanto, é preciso também olhar com mais atenção aos agricultores de outras regiões do Brasil também atingidos severamente pelas intempéries.
De acordo com o consultor em Seguros Agrícolas, Luiz Antonio Digiovani, mais uma vez o Seguro Rural acaba não tendo o protagonismo que as entidades esperavam. “O produtor rural é muito dependente do crédito das instituições financeiras, cooperativas e revendas. Ao proteger o produtor, o seguro rural também blinda o agronegócio como um todo, viabilizando a condição dos empreendimentos rurais”.
O foco do governo federal foi o crédito do Plano Safra, mas esperava-se mais na questão dos seguros. A realidade é notória. Os prêmios que o produtor precisa desembolsar são elevados em virtude do risco proporcionado pelas atividades, verdadeiras indústrias a céu aberto. Ou seja, essa subvenção do governo ajuda a custear esses prêmios.
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