Workshop discute legalização da criação do Pangasius com apoio de instituições e especialistas
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou nesta quinta-feira (27) do Workshop sobre Pangasius, realizado para discutir a regulamentação do cultivo do peixe conhecido como Panga em Mato Grosso. O evento reuniu especialistas, representantes do setor produtivo e parlamentares, com foco em esclarecer dúvidas técnicas e ambientais e fortalecer o desenvolvimento da piscicultura no estado.
A espécie Pangasius é de origem asiática, conhecida por ser de fácil cultivo e apresentar alto rendimento de carne. Apesar de já estar presente no Brasil há mais de uma década, apenas cinco estados possuem autorização para sua criação: Ceará, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte e Tocantins.
O diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha, destacou o potencial produtivo do peixe e defendeu sua liberação no estado. “Não vemos motivos para proibir a produção de um peixe que tem boa aceitação e alto rendimento. Importamos esse peixe que poderíamos produzir em Mato Grosso, beneficiando diretamente os produtores locais”, afirmou.
A iniciativa foi organizada pelo deputado estadual Gilberto Cattani em parceria com a Aquamat (Associação dos Aquicultores de Mato Grosso) e teve o apoio de instituições como Sebrae, Assembleia Legislativa e Peixe BR. O workshop marcou o encerramento da Câmara Setorial Temática sobre o tema na Assembleia, instalada em agosto de 2024.
Durante o evento, o presidente da Aquamat, Darci Fornari, explicou que um documento será elaborado para subsidiar um novo projeto de lei que vise regulamentar a produção no estado. “O Panga já é cultivado em vários países e consumido por mais de 140 nações, inclusive o Brasil. É uma grande oportunidade para pequenos e médios piscicultores”, avaliou.
Também participaram a professora doutora Luciana Seki Dias, da UFSCar, e o analista de Pecuária da Famato, Marcos Carvalho, que defendeu a importância de Mato Grosso acompanhar o avanço de outros estados como São Paulo na produção do Panga.