Estiagem reduz crescimento das pastagens e pressiona manejo no RS
Falta de chuvas e calor intenso reduzem a oferta de forragem e exigem ajustes no manejo dos rebanhos em diversas regiões do estado
Pastagens com crescimento limitado pela estiagem reduzem a oferta de forragem e exigem ajustes no manejo dos rebanhos no RS. Foto: Canva
A estiagem prolongada e as altas temperaturas reduziram de forma significativa o crescimento das pastagens no Rio Grande do Sul. Como resultado, a oferta de massa verde diminuiu em praticamente todas as regiões do estado, o que exige maior atenção ao manejo dos rebanhos.
Tanto as pastagens anuais quanto as perenes apresentam desaceleração no crescimento vegetativo e na rebrota. Esse cenário decorre, principalmente, da ausência prolongada de chuvas aliada ao calor intenso, que aumentou a evapotranspiração e reduziu a umidade do solo.
Além disso, o estresse hídrico provocou sintomas visíveis nas áreas de capim-sudão e milheto. Durante grande parte do dia, as plantas apresentam murchamento severo, o que compromete a palatabilidade e limita o consumo pelos animais.
Os impactos são ainda mais intensos em áreas com solos rasos, pedregosos ou arenosos. Nessas condições, os produtores ampliaram a pressão de pastejo sobre áreas de várzea, na tentativa de compensar a falta de forragem. No entanto, essa estratégia eleva o risco de compactação do solo e reduz a capacidade de retenção de água, agravando os efeitos da estiagem.
Diante desse cenário, o manejo dos rebanhos tornou-se mais desafiador. Produtores precisam ajustar a lotação, planejar suplementação alimentar e monitorar de forma constante as condições das pastagens, a fim de reduzir perdas produtivas enquanto aguardam a regularização das chuvas.
