O mercado do boi gordo segue dando demonstrações de equilíbrio e estabilidade após o período de Carnaval. Se, por um lado, a indústria frigorífica tem conseguido manter uma quantidade boa de dias de escala de trabalho, por outro, o pecuarista tem capacidade de manutenção de animais no pasto. Uma ressalva nos fundamentos é a real expectativa de elevação de abates de fêmeas, fator que pode desequilibrar, quando ocorrer, o fator preço para a arroba do gado pronto.
Na relação atacado e varejo de carne bovina, podemos dizer que a primeira quinzena de fevereiro foi de estabilidade com alguns ganhos de preço para o mercado atacadista paulista, mas não dá para dizer que foi um grande movimento em relação aos preços.
A primeira quinzena de fevereiro contou com bom movimento no varejo
Já o varejo tem sinalizações diferentes: a segunda quinzena de janeiro foi de movimento mais fraco, sazonalmente, tradicional, depois de “bons” primeiros quinze dias do ano. A primeira quinzena de fevereiro contou com bom movimento no varejo. A segunda parte do mês fevereiro, conta com volume menor de dinheiro para o consumidor brasileiro, tende a ser de movimentação menor.
Quanto ao comportamento de consumo, apesar do período de quaresma, acredito que redução no consumo de carne vermelha é só mesmo na Semana Santa, mais precisamente na sexta-feira, dia 29 de março. Não acredito ser fundamental para o mercado.
Falando dos fatores internacionais, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de carne bovina registraram 104,9 mil toneladas até a terceira semana de fevereiro de 2024. O volume médio diário de embarques é de 10,4 mil toneladas, 49,5% superior a fevereiro do ano passado, quando foram exportadas 7 mil toneladas ao dia. O preço médio da tonelada embarcada segue 6,5% menor que no mesmo período de 2023, com US$ 4.536 mil.
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