Mercado do milho iniciou a manhã de quinta-feira, 21, com perdas de 12 cents, a U$ 5,79/setembro, postado em boas chuvas em extensas áreas do Meio Oeste, na queda dos preços do petróleo e na demanda enfraquecida. As projeções climáticas se mostram mais favoráveis para os próximos dias.
– Após seis semanas, a demanda por etanol nos EUA se apresenta em alta; ao mesmo tempo, os estoques sofrem leve queda, o que pode ajudar a limitar maiores perdas nos preços do grão.
– Por outro lado, as negociações para liberação de embarque do produto ucraniano parecem ter avançado nos últimos dias. Isto pressiona o trigo e, consequentemente, o vizinho milho.
– Há pouco, o USDA divulgou relatório informando que, na última semana, foram vendidas no exterior 0,6MT de milho – praticamente tudo para embarque na temporada 2022/23. No acumulado deste ciclo, 2021/22, as vendas somam 60,5MT, ante 69,8MT de igual período do ano-safra anterior. Até aqui, foram embarcadas, nesta estação, 54,5MT, contra 60,8MT do mesmo intervalo do ano anterior.
– Mercado doméstico se mantém travado, pressionado pelo avanço da colheita e pelas constantes perdas nas cotações internacionais. Depois da queda geral de preços, os ofertadores adotaram uma postura de observação e acompanhamento, com negociações apenas pontuais. Muitas integrações se mantêm recuadas, sem indicações de compra e voltadas para o recebimento de contratos negociados antecipadamente.
– As atenções também estão voltadas para o comportamento do câmbio e da CBOT que, juntamente com os prêmios nos portos, formam o preço de exportação. Os níveis de paridade externa devem balizar o comportamento dos preços domésticos na maioria das regiões produtoras do país.
– Indicações de compra na faixa entre R$ 78,00/80,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 84,00/87,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.