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Mercado do milho segue firme no Brasil apesar de ajustes externos

Mesmo com ajustes no relatório do USDA e recuo em Chicago, o milho brasileiro segue firme graças à retração vendedora e ao cenário de entressafra

Mercado do milho segue firme no Brasil apesar de ajustes externos

Com oferta mais contida e demanda ativa, o milho mantém preços sustentados no Brasil. Foto: Canva

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Foto do autor Camilo Motter
10/12/2025 |

A Granoeste indica que o mercado internacional do milho opera com leves perdas em Chicago nesta quarta-feira (10), com a posição março negociada a US$ 4,46 por bushel. No pregão anterior, os contratos haviam avançado quase 1%. No Brasil, a B3 acompanha o cenário externo, com janeiro cotado a R$ 73,85 e março a R$ 76,40.

Ajustes no USDA e impacto global

O relatório de oferta e demanda de dezembro do USDA manteve a produção dos Estados Unidos em 425,5 milhões de toneladas. Contudo, o órgão reduziu os estoques finais em mais de 3 milhões de toneladas, para 51,5 milhões, diante do ritmo aquecido das exportações. No cenário global, os estoques também recuaram, agora estimados em 279,2 milhões de toneladas.

Para o Brasil, o USDA manteve a safra passada em 136 milhões de toneladas, com exportações de 41 milhões. Já para 2025/26, a estimativa é de produção de 131 milhões de toneladas e vendas externas de 43 milhões.

Demanda firme no mercado brasileiro

Os embarques brasileiros continuam fortes. Apenas em dezembro, o line-up prevê mais de 6 milhões de toneladas a serem carregadas, enquanto os envios até o fim de outubro já somam 31,2 milhões, ligeiramente acima do mesmo período de 2024.

No mercado interno, compradores mostram maior interesse e sustentam os preços. A retração de vendedores e a proximidade da entressafra reforçam o sentimento positivo. Além disso, produtores avaliam que a janela para o plantio da segunda safra pode ser mais curta, o que contribui para cautela nas vendas.

Porém, como ocorre tradicionalmente na virada do ano, deve crescer o interesse em liberar espaço nos armazenamentos para a nova colheita, o que pode pressionar negociações pontuais.

No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 62,00 e R$ 63,00 por saca. Em Paranaguá, os valores oscilam de R$ 68,00 a R$ 70,00, conforme localização, prazo de pagamento e condições de embarque. O câmbio em alta, negociado a R$ 5,46 na manhã desta quarta, também ajuda a sustentar os preços domésticos.

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Editor RuralNews
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TAGS: #milho # cbot
# bolsa de chicago # camilo motter # USDA