– Para o relatório, o mercado espera queda de cerca de 3,0MT na produção norte-americana de milho em relação ao mês passado, para 365,3MT. Os estoques também são previstos em redução, caindo de 37,3MT em julho para 35,1MT. Da mesma forma, os estoques mundiais, são projetados com cortes de aproximadamente 3,0MT, para 309,8MT.
– Na Europa, a safra de grãos também sofre com o clima adverso e novos cortes na produção são esperados. A safra de milho 2022/23 pode cair para 55,4MT, redução de mais de 20% em comparação com o ano passado e a menor colheita dos últimos 15 anos. A produção de trigo é esperada em queda de 5%, projetada em 123,0MT; a colheita de cevada deve ter redução de cerca de 4,0%, estimada em 50,0MT. Consultorias europeias se mostram preocupadas, pois este ano, além dos problemas climáticos, a situação geopolítica no leste europeu dificulta o abastecimento por parte dos ucranianos, que é uma das principais origens para completar a necessidade de produtos agrícolas da União Europeia.
– Segundo a CONAB, a safra brasileira de milho 2021/22 é estimada em 114,7MT, contra 87,0MT colhidas na temporada 2020/21. As exportações são projetadas em 37,5MT, contra 20,8MT embarcadas no ano passado. O consumo interno está avaliado em 77,1MT, ante 72,3MT da temporada anterior.
– Mercado doméstico segue vagaroso. Os ganhos externos ajudam na formação do preço pela via da paridade de exportação. Na medida em que a colheita entra na reta final, os produtores adotam uma postura mais restritiva. Muitas integrações se mantêm fora do mercado, com atenção voltada para o recebimento de contratos negociados antecipadamente. A alta dos fretes é outro fator limitante na formação do preço.
– Mercado brasileiro segue atento em relação ao desenvolvimento da safra norte-americana e europeia. Os níveis de paridade externa devem balizar o comportamento dos preços domésticos na maioria das regiões produtoras do país.
– Indicações de compra na faixa entre R$ 81,00/83,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 87,00/89,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.