INÍCIO AGRICULTURA Milho Publicado em 11/07/2022

Preocupações com clima no EUA afetam positivamente o milho

Extensas áreas necessitam urgentemente de chuvas no Corn Belt americano. Desde o início da semana anterior, a posição setembro subiu 10%.
Camilo Motter
- Da redação RuralNews
O mercado do milho opera com ganhos acentuados neste momento, manhã de segunda-feira, mais 19 cents, a U$ 6,52/setembro, postado nas preocupações com clima quente e seco nas regiões produtoras dos EUA e na menor aversão aos investimentos de risco. Extensas áreas necessitam urgentemente de chuvas. Desde o início da semana anterior, a posição setembro subiu 10%.
– Neste final de semana, chuvas leves e esparsas foram registradas em muitos estados, mas que, de fato, contribuíram pouco para amenizar a situação. Já, outras regiões receberam quantidades mais significativas, ajudando a atenuar a delicado cenário. Contudo, em razão das altas temperaturas, essa umidade no solo tem vida curta.
– Amanhã será divulgado o relatório mensal de oferta e demanda (WASDE) pelo USDA; é esperado aumento na produção de milho nos EUA, devido ao aumento de área, de acordo com relatório do último dia 30. Para este report, estima-se a produção norte-americana em 368,8MT, ante 367,3MT previstas em junho. Para os estoques finais norte-americanos 2021/22 são aguardadas 37,9MT, ante 37,7MT de junho; para a safra 22/23, são avaliadas em 36,4MT, acima das 35,6MT indicadas em junho.
– Para os estoques mundiais 2022/23 são projetadas 310,7MT, contra 310,5MT do relatório do mês anterior. Para a atual temporada, os estoques globais são esperados em 311,4MT, contra 310,9MT do relatório de junho.
– A produção brasileira de milho 2021/22 é avaliada em 116,5MT, acima das 116,0MT previstas anteriormente.

– A safra argentina 2021/22 é considerada em 52,5MT, abaixo das 53,0MT previamente estimadas.
– Internamente, o mercado segue a passos lentos, com certo recuo dos compradores que primam pelo avanço da colheita para adotar uma postura mais assertiva nas compras. Por outro lado, os atuais níveis de preço também afugentam grande parcela dos ofertadores. O avanço da colheita, combinado com menor volume de vendas antecipadas (contratos a termo) acaba por limitar o avanço dos preços.

– As atenções também estão voltadas para os ganhos observados no câmbio e na CBOT que, juntamente com os prêmios nos portos, formam o preço de exportação. Os níveis de paridade externa devem dizer muito sobre o comportamento dos preços domésticos.

– Indicações de compra na faixa entre R$ 82,00/83,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 87,00/89,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – Opera em forte alta neste momento, a R$ 5,35. Na última sessão, fechou em R$ 5,268.
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Sobre o autor

Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.

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