Informações divulgadas em circular da
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) revelam que o sorgo desponta como uma alternativa cada vez mais atraente no Estado, com um crescimento de 190 mil hectares. O valor representaum aumento significativo de 12% em relação à safra anterior e destaca-se como um indicador marcante na substituição do milho pelo sorgo.
O cultivo de sorgo no Brasil está concentrado em sua maior parte na região Centro-Oeste. Porém, Estados como a Bahia e Rio Grande do Sul têm destaque no manejo do sorgo. No contexto regional, é importante destacar que, na Bahia, o plantio do sorgo está programado para fevereiro de 2024, sucedendo a semeadura da soja.
Essa estratégia de sucessão de culturas evidencia a adaptabilidade do sorgo ao calendário agrícola, consolidando-se como uma opção viável para os agricultores baianos. A previsão é que essa transição beneficie aqueles que plantam, fornecendo uma colheita eficiente e contribuindo para a diversificação e sustentabilidade das práticas agrícolas na região, explica Alan Malinski, Diretor Executivo da AIBA.
Uma série de fatores podem estar influenciando o aumento na área plantada de sorgo, em detrimento do milho. Umm deles é que o grão demonstra ser uma escolha mais resistente à escassez hídrica, oferecendo uma alternativa potencial em regiões onde a disponibilidade de água é uma preocupação constante. Além disso, o sorgo apresenta um menor custo de produção, tornando-se uma opção econômica e eficiente para os agricultores.
E o sorgo tem algumas vantagens sustentáveis, pois além de sua resistência à seca, proporciona um melhor aproveitamento do solo, contribuindo para a formação de palhada essencial para o plantio direto na safra seguinte. Com uma produção que gera uma quantidade significativa de grãos ideal para a alimentação animal, os produtores também encontram uma fonte adicional de renda por meio da comercialização do sorgo durante a entressafra.
Com uma crescente acessibilidade e adoção do sorgo pelos produtores, aliada às suas características resilientes, espera-se que essa tendência de substituição do milho perdure, consolidando o sorgo como uma cultura agrícola estratégica e sustentável no panorama nacional.
A produtividade desta cultura permanece estável, mantendo-se em 60 sacas por hectare, tanto na safra 2022/2023, quanto na atual 2023/2024, os produtores pretendem obter uma quantidade consistente de grãos por unidade de área cultivada.