Mercado do milho chega ao intervalo desta manhã com ganhos de 15 cents, a U$ 5,95/setembro, postado no ceticismo em relação ao acordo entre Rússia e Ucrânia, além da piora das lavouras norte-americanas. Ontem, mercado fechou com 15 de alta.
– As lavouras norte-americanas de milho são avaliadas: 61% em boas/excelentes (mercado esperava 63%) ante 64% da semana anterior e 64% da mesma semana do ano passado. As áreas tidas como regulares perfazem 25% e as ruins/muito ruins, 14%.
– As áreas em floração chegam a 62%, contra 37% da semana anterior, 76% do ano passado e 70% de média. Já, as áreas em formação de grãos somam 13%, ante 7% da semana passada, 17% do mesmo ponto do ano passado e 15% de média.
– As inspeções de exportação de milho norte-americano na última semana ficaram em 0,72MT, abaixo do esperado pelo mercado. Na semana prévia, o volume foi ligeiramente acima de 1,0MT e, na mesma semana no ano passado, 1,25MT. No acumulado deste ano-safra, iniciado em 1º de setembro/21, o montante chega a 51,0MT, ante 61,6MT do mesmo intervalo no ano-safra anterior.
– De acordo com a agência Reuters, estão em curso reuniões entre os governos brasileiro e o chinês sobre a possibilidade de negociações de milho ainda neste segundo semestre. De acordo com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, devido aos protocolos sanitários, os embarques só seriam efetuados no ano que vem. Porém, tudo indica que fala mais alto a grande disponibilidade de produto brasileiro, combinado com a necessidade de importação por parte da China.
– Mercado doméstico se mantém travado, ainda pressionado pelo avanço da colheita, mas suportado pelos ganhos dos preços internacionais. O câmbio é o fator limitante na formação do preço interno neste momento. Muitas integrações se mantêm recuadas, sem indicações de compra, preocupadas com o recebimento de contratos negociados antecipadamente.
– As atenções se voltam com mais afinco para as irregularidades climáticas nos campos do Meio Oeste. O comportamento da CBOT, bem como do câmbio e dos prêmios nos portos, está no radar dos participantes, uma vez que formam o preço de exportação. Os níveis de paridade externa devem balizar o comportamento dos preços domésticos na maioria das regiões produtoras do país.
– Indicações de compra na faixa entre R$ 77,00/79,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 86,00/89,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.