INÍCIO AGRICULTURA Milho

Milho fecha em leva alta apesar da melhora do clima nos EUA

Apesar do clima favorável para o plantio de trigo de inverno nos EUA, que também possibilita aos produtores acelerar a colheita de milho, o cereal fechou em leve alta

O milho devolveu a alta inicial e fechou perto da estabilidade por petróleo, etanol e clima na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira, dia 05/10. Na análise do economista Luiz Carlos Pacheco, da TF Agroeconômica, a maior demanda para a produção de etanol, sendo contrabalanceado pela alta do dólar, torna o milho americano menos competitivo. A cotação de dezembro fechou em leve alta de 0,15% ou $ 1,0 cents/bushel a $ 684,0. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 0,18% ou $ 1,25 bushel a $ 691,25.
Segundo o analista daenbsp; Corretora Granoeste, Camilo Motter, os preços do milho operavam em queda de 3 cents na manhã de quarta-feira, a U$ 6,79/dezembro. "Ontem, o pregão encerrou com alta de 2 pontos, postado na lentidão da colheita dos EUA e na alta de aproximadamente 4% no petróleo", afirmou o analista. Ele informa que um dos fatores que pressionou o mercado na manhã foi a melhora do clima no Meio-Oeste norte-americano, possibilitando aos produtores acelerar a colheita – que está atrasada no comparativo com anos anteriores e chega a apenas 20%.


Camilo diz que o clima também é favorável para o plantio de trigo de inverno nos EUA, que chegava a 40% no início da semana, ante 31% da semana anterior e 44% do mesmo ponto de 2021. "Contudo, a falta de chuvas fez com que o Rio Mississipi (principal via de escoamento de soja, milho e trigo norte-americanos) baixasse seu nível, dificultando bastante a passagem das balsas que carregam estes produtos até o Golfo do México. Algumas alternativas têm sido usadas, como rodovias e até mesmo o carregamento em embarcações menores e mais leves, que flutuam em patamar mais alto e, assim, conseguem atravessar os trechos mais rasos do rio", afirma o analista.



ETANOL EUA
Segundo Luiz Carlos Pacheco, a EIA informou que a produção semanal de etanol atingiu em média 889 mil barris por dia na semana encerrada em 30/09. Isso foi um aumento de 34 mil bpd em relação à baixa de +80 semanas na semana passada. Os estoques de etanol caíram mais de 1 milhão de barris, para 21,685 milhões. Esse é o estoque mais baixo desde dezembro de 2021. A OPEP + anunciou planos de cortar a produção diária de petróleo em 2 milhões de barris por dia, marcando seu maior corte de produção desde o início da pandemia em 2020.



EXPORTAÇÃO EUA
As estimativas dos analistas antes do relatório de vendas de exportação são entre 350 mil e 800 mil toneladas de milho vendidas a partir da semana encerrada em 29/09. As exportações oficiais de milho dos dados do Censo tiveram 129,8 mbu embarcados em agosto. Isso foi 28% inferior à exportação de julho e foi 4% menor que agosto de 2021. A campanha 21/22 terminou com um acumulado de 2.471 bbu de exportação – em comparação com a previsão WASDE de 2.475 bbu. Os dados mensais também tiveram 981 mil toneladas de DDGS exportadas em agosto, uma queda de 8% em relação a julho e uma queda de 27% ano/ano. A exportação de DDGS do ano inteiro foi de 11,58 MMT, em comparação com 11,6 MMT no ano passado. Os embarques de etanol foram de 77 milhões de galões, o menor desde setembro de 2021. Os embarques de sorgo foram de 284,9 mil toneladas em agosto, que foi de 213 mil toneladas em agosto de 21 – e terminou a temporada com 7,56 milhões de toneladas.


CHINA REDUZ PRODUÇÃO DE MILHO
O Adido Agrícola do USDA estimou a produção de milho 22/23 da China em 270 MMT, uma queda de 4 MMT em relação à estimativa oficial do WAOB em um rendimento menor e uma queda de 2,5 MMT ano/ano. As importações do relatório foram calculadas em 18 MMT – correspondendo à estimativa oficial permanente.


UCRÂNIA
"Ministério de Infraestrutura da Ucrânia informou que as exportações de grãos deram um salto significativo em setembro, totalizando 6,9MT no mês, apesar da continuidade do conflito", informa o analista Camilo Motter. Segundo ele, foram aproximadamente 3,8MT através dos portos de Odessa, 1,24MT através dos portos do Danúbio, 1,18MT através de ferrovias e 0,64MT por rodovias.enbsp;



Neste momento, o mercado doméstico sofre pressão com a queda acentuada do câmbio neste início de semana, mas, mesmo assim, oscila dentro de uma estreita faixa. Os preços de exportação obedecem à mesma lógica e são contidos pela valorização do Real; mas, seguem como piso para as operações internas. O justificado aumento do custo de transporte, se mantém como fator limitante para ao abastecimento dos estados mais ao sul do país.

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