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Indústria de etanol de milho deve operar com margens melhores na safra 25/26

Queda no preço do milho, firmeza no etanol e alta no DDGS devem impulsionar a rentabilidade do setor

Indústria de etanol de milho deve operar com margens melhores na safra 25/26

Margens da indústria de etanol de milho devem chegar a 34,7% na safra 25/26. Foto: CNA/divulgação

Foto do autor Redação RuralNews
19/06/2025 |

A indústria brasileira de etanol de milho deve registrar margens de produção mais positivas ao longo da safra 2025/26, após um início de ano desafiador. Segundo análise da DATAGRO, a disparada no preço do milho no início de 2024, impulsionada por incertezas climáticas e maior demanda no mercado interno, pressionou a rentabilidade das usinas até abril. No entanto, o cenário começa a mudar com a expectativa de uma maior produção de milho safrinha.

Na região de Sorriso (MT), por exemplo, o preço do milho caiu 37% em um mês, atingindo R$ 41 por saca. A consultoria projeta que a produção total do cereal deve subir de 122,05 milhões de toneladas na temporada 2023/24 para 132,68 milhões em 2024/25. Essa recomposição na oferta, mesmo com estoques finais ainda apertados, deve proporcionar uma acomodação nos preços, aliviando os custos da indústria.

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Atualmente, com a combinação de preços firmes para o etanol e para o DDGS (subproduto da fabricação do etanol), as margens operacionais voltaram ao campo positivo. Segundo estimativas da DATAGRO, as usinas operam com margem média de cerca de 19%, após três meses de prejuízo consecutivo no setor. A perspectiva é que esse patamar se mantenha até o fim da safra 25/26.

Entre os fatores que sustentam os preços do etanol, estão a possível elevação da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina — de 27% para 30% — e as vendas resilientes de etanol hidratado nos postos. A previsão da DATAGRO é de que o preço médio do etanol hidratado em Paulínia (SP) em 2025/26 fique aproximadamente 5% acima da média registrada em 2024/25.

Já o DDGS, que chegou a R$ 1.150 por tonelada no início do ano, subiu para R$ 1.300 por tonelada nesta semana, puxado por uma forte demanda doméstica e aumento nas exportações. O movimento contraria a tendência de baixa do milho e reforça a recuperação das margens da indústria.

Com esse cenário, a margem média da produção de etanol de milho no Brasil poderá variar entre 19,0% e 34,7% ao longo da próxima safra — significativamente superior à média de 9,8% registrada em 2024/25. Caso a tendência se confirme, o setor deve manter o ritmo de expansão, com a construção de novas usinas. De acordo com levantamento recente da DATAGRO, a produção de etanol de milho no país pode saltar de 8,20 bilhões de litros em 2024/25 para 18,4 bilhões de litros em 2033/34.

TAGS: #Milho # Etanol
# Produção # Etanol de milho # Brasil # Mato Grosso do Sul
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Editor RuralNews
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