Demanda chinesa sustenta alta do milho em Chicago e melhora preços no Brasil
Perspectiva de compras da China impulsiona contratos nos EUA, enquanto mercado interno brasileiro segue firme com vendedor retraído
Alta em Chicago e demanda chinesa dão suporte aos preços do milho no Brasil. Foto: Canva
O mercado de milho inicia a terça-feira com maior firmeza, em meio à recuperação das cotações nos Estados Unidos e aos ajustes observados nos preços internos. A volta da demanda chinesa ao centro das atenções também intensifica o movimento dos contratos futuros.
Mercado internacional reage à sinalização da China
Em Chicago, o milho opera em alta de 3 pontos, negociado a US$ 4,38 para dezembro. Ontem, o mercado já havia avançado cerca de 1%, após novas expectativas de aumento das compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos. De acordo com a Granoeste Corretora, esse movimento, aos poucos, compensa as perdas geradas pelo último relatório de oferta e demanda de novembro, que estimou a produção dos EUA em 425,5 milhões de toneladas, muito acima do previsto pelos analistas.
Ao mesmo tempo, o plantio da safra de verão no Brasil avança de forma alinhada ao ritmo histórico. Segundo a Conab, a semeadura nacional atingiu 52,6%, praticamente igual aos 52,4% registrados no mesmo período do ano passado.
Mercado interno mantém vendedor retraído
No Brasil, o mercado segue travado. O vendedor continua recuado e os negócios acontecem apenas de forma pontual. Quando há necessidade imediata, compradores precisam ofertar valores mais altos para atrair o produtor. Ainda assim, os preços mostram leve recuperação.
No oeste do Paraná, as indicações variam entre R$ 60,00 e R$ 62,00. Em Paranaguá, os valores ficam entre R$ 68,00 e R$ 70,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
Na BMF, a posição janeiro negocia a R$ 71,40 (ante R$ 71,47 no fechamento anterior), enquanto março registra R$ 72,50 (ante R$ 72,49).
Câmbio segue pressionando o mercado
Por fim, o dólar opera em leve alta, cotado a R$ 5,34 na manhã desta terça-feira. Ontem, a moeda havia fechado em R$ 5,331, mantendo um cenário de câmbio volátil, mas ainda favorável às exportações.
