Ações emergenciais protegem produtores de mandioca no Amapá

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciaram medidas emergenciais para produtores de mandioca no Amapá afetados pela vassoura-de-bruxa. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae, já atinge dez municípios amapaenses e compromete a produção agrícola, além da segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.

Governo amplia ações de controle e apoio aos produtores

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De acordo com o ministro Carlos Fávaro, o enfrentamento da praga é prioridade. O Mapa tem atuado de forma integrada para controlar a doença, apoiar os produtores e garantir o abastecimento local.

“O Brasil é referência mundial em defesa agropecuária. Esta emergência sanitária recebe total atenção. Já estamos implementando convênios e investimentos de R$ 2,2 milhões. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los sem comprometer o trabalho”, afirmou.

Além disso, o Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira. Essa medida, portanto, garante renda aos produtores e mantém o fornecimento contínuo de alimentos à população.

A macaxeira, também conhecida como mandioca de mesa, pode agora ser processada, cortada e embalada nas próprias regiões produtoras. Dessa forma, o produto chega diretamente ao consumidor, seja nas feiras, nos supermercados ou por venda direta.

Por outro lado, a mandioca braba, utilizada para a produção de farinha, teve flexibilização nas regras de comercialização. Agora, o processamento pode ser feito na própria comunidade rural, em casas de farinha móveis, permitindo o transporte e a venda segura do produto.

“Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.

Pesquisa da Embrapa busca variedades resistentes à doença

Paralelamente, o ministro destacou os investimentos do Mapa em pesquisa e inovação conduzidos pela Embrapa. O objetivo é desenvolver variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à vassoura-de-bruxa.

“O governo do presidente Lula garantiu reforço orçamentário à Embrapa, e já solicitamos à presidente Silvia que esse tema seja prioridade número um da pesquisa. É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar. Enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias que completam o ciclo produtivo e garantem alimento à população do Amapá até que a variedade resistente esteja disponível”, completou.

Além das ações de pesquisa, o ministro Waldez Góes ressaltou a importância do trabalho conjunto entre o governo federal, o estado e os municípios.

“Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. Essa cultura faz parte do nosso hábito alimentar, tanto do índio quanto do não índio. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito têm situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.