Os preços da soja iniciaram a manhã de quarta-feira, 12/04, operando estáveis nos futuros de Chicago (CBOT), cotados a U$ 14,97/maio. Ontem houve ganhos de 10 cents.
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, apesar de ter sido considerado neutro, o mercado segue repercutindo os números do relatório de oferta e demanda de abril, apresentado pelo USDA na tarde de ontem.
Os dados mostram mais aperto na oferta, notadamente por causa de um novo e robusto corte na produção da Argentina.
A colheita de soja do país vizinho é estimada em 27,0MT, ante 33,0MT previstas no mês passado e 43,9MT do ano anterior. A nova redução ficou além do esperado pelo mercado (29,3MT).
O número, no entanto, não surpreendeu os participantes, pois algumas consultorias privadas já apontam para uma colheita abaixo de 25,0MT.
Com o corte expressivo na Argentina, a produção mundial cai cerca de 6,0MT, para 369,6MT. Ainda sendo 10,0MT superior àquela apurada na temporada anterior, quando foram colhidas 359,8MT.
Os estoques finais, porém, ficam praticamente inalterados, em 100,3MT, uma vez que o consumo global foi reduzido em 6,0MT, para 365,8MT.
O mercado esperava um corte significativo nos estoques finais dos EUA, em sintonia com os estoques verificados no relatório trimestral relativo a primeiro de março. No entanto, foi mantido em 5,7MT para o final da estação 2022/23. Já no ano anterior os estoques finais eram de 7,5MT.
O USDA estima que a produção brasileira alcance 154,0MT, aumento de 1,0MT sobre o mês passado, com exportações de 92,7MT – ante 79,1MT do ciclo passado.
As importações por parte da China seguem estimas em 96,0MT, contra 91,6MT da estação anterior.
Passado este relatório, que não trouxe nada de mais significativo para o rumo dos preços, o mercado irá centrar seu foco no plantio da safra norte-americana, que já está começando nos estados mais ao sul.
O relatório de oferta e demanda de maio sempre é aguardado. Pois traz as primeiras projeções para a nova temporada, no caso, para a temporada 23/24.
No mercado interno, mais pressão, desta vez centrada no câmbio, que opera abaixo de R$ 5,00, e prêmios ainda afundados no campo negativo.
Com a colheita entrando na reta final e com a acomodação do produto nos armazéns, o ritmo de negócios tende a permanecer lento.
Prêmios nos portos brasileiros estão indicados na faixa de -135 / -120.
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