Estimativa representa alta de 3% em relação ao ano anterior
Minas Gerais deve colher cerca de 238,6 mil toneladas de tangerina ponkan em 2025, segundo estimativa da Emater-MG. O volume representa aumento de 3,1% em comparação ao ano passado. O pico da colheita ocorre entre maio e julho, período de maior oferta da fruta no estado, que é o segundo maior produtor nacional, atrás apenas de São Paulo.
A tangerina ponkan ocupa uma área de 12,4 mil hectares em Minas e é majoritariamente cultivada por pequenos produtores. Atualmente, cerca de 6,1 mil agricultores familiares estão envolvidos com o cultivo da fruta, conhecida por seu fácil manejo e bom rendimento por hectare.
Entre os principais municípios produtores estão Belo Vale, Campanha e Brumadinho. A fruta se desenvolve melhor em regiões com temperaturas médias entre 20 °C e 30 °C. Por isso, a concentração maior de produção ocorre no Sul de Minas, na região Central, Zona da Mata e Campo das Vertentes. No Norte e Nordeste do estado, o cultivo é menos expressivo, mas ainda possível com irrigação.
Em Belo Vale, maior produtor da fruta no estado, a expectativa é colher 34,6 mil toneladas em uma área de aproximadamente 2,1 mil hectares. A região concentra lavouras tradicionais de ponkan, com histórico de cultivo familiar. Algumas colheitas sofreram atraso neste ano em razão da redução do volume de chuvas entre fevereiro e março, mas a estimativa de produção permanece positiva.
A fruta colhida em Minas Gerais é comercializada em diferentes estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas e Piauí.
A Emater-MG reforça a importância dos cuidados preventivos contra o greening, considerada a principal doença da citricultura. Causada por uma bactéria transmitida pelo inseto psilídeo, a doença compromete a qualidade dos frutos, reduz a produtividade das plantas e pode levar à morte dos pés contaminados.
Entre as medidas de prevenção recomendadas estão o uso de mudas certificadas, o controle do vetor transmissor e a eliminação de plantas contaminadas. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o responsável pela fiscalização da erradicação das plantas doentes, que deve ocorrer com acompanhamento técnico e análise laboratorial.