Participantes do Hackathon Fruit Cultura trabalham em soluções inovadoras para transformar a cadeia da fruticultura
O Oeste do Paraná recebe neste fim de semana o Hackathon Fruit Cultura, uma maratona dedicada a criatividade e tecnologia. O evento ocorre nos dias 13 e 14 de setembro, na Unicoop (Universidade Coopavel), e reúne dez equipes de três a quatro integrantes. Cada grupo buscará soluções inovadoras para os desafios da fruticultura.
Além disso, a organização conta com o apoio de instituições como Itaipu Parquetec, Sebrae, Crea-PR, Unioeste, Iguassu Valley e outras. Dessa forma, diferentes atores se unem para fortalecer a inovação e oferecer alternativas sustentáveis de renda para os produtores rurais.
O hackathon integra o Programa Fruit Cultura, criado justamente para reduzir a dependência de soja e milho. Por isso, a proposta é fortalecer a fruticultura como alternativa econômica viável. Assim, o programa busca construir um ecossistema completo, que vai do cultivo à industrialização e à comercialização. Como resultado, o setor pode se tornar mais competitivo e abrir espaço para exportações.
Antes da etapa presencial, os participantes receberam mentorias online entre 8 e 10 de setembro. Esses encontros prepararam as equipes em fruticultura e gestão de negócios. Agora, será a vez da imersão prática, que incluirá oficinas, dinâmicas, mentorias coletivas e validações com agricultores.
Além disso, a metodologia prevê dedicação total. Durante o fim de semana, os grupos permanecerão no local, desenvolvendo protótipos, ajustando soluções e preparando o pitch final. Dessa maneira, a experiência de inovação se torna contínua e colaborativa.
No domingo, às 15h, os projetos serão apresentados a uma banca avaliadora formada por especialistas e representantes das instituições parceiras. Em seguida, às 17h, ocorrerá a premiação. Assim, as três melhores equipes dividirão R$ 8 mil: R$ 4 mil para a primeira colocada, R$ 2,4 mil para a segunda e R$ 1,6 mil para a terceira.
Os organizadores estruturaram os desafios em três áreas estratégicas. O primeiro eixo foca na produção e no cultivo, incentivando maior produtividade, diversificação e redução de perdas por pragas ou mudanças climáticas. O segundo eixo aborda a indústria e o processamento, propondo soluções para agregar valor às frutas por meio de novos produtos como sucos, geleias e frutas desidratadas. Por fim, o terceiro eixo trata da logística e da comercialização, com o objetivo de melhorar a distribuição e ampliar o acesso a mercados internacionais.
De acordo com Kleberson Angelossi, coordenador de Inovação da Coopavel e do Espaço Impulso, o hackathon tem potencial para transformar a fruticultura em motor de desenvolvimento regional. Ele explica que estimular a criatividade e conectar jovens talentos a produtores e instituições pode gerar renda, atrair investimentos e diversificar a economia do Oeste do Paraná. Portanto, o evento pretende funcionar como catalisador de ideias que possam se transformar em negócios e oportunidades concretas para os agricultores.