Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados no dia 17/11 mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021 atingiu R$ 9 trilhões, com aumento de 4,8% em volume, após a queda observada em 2020, motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia de COVID-19. Entre os três grupos de atividades, a Agropecuária ficou estável em volume (4,2% em 2020), enquanto a Indústria cresceu 5,0% (-3,0% em 2020) e os Serviços, 4,8% (-3,7% em 2020).
Em 14 UFs, os resultados foram acima da média nacional (4,8%). “Essas 14 UFs representam 30% do PIB e cresceram, em média, 6,8%”, analisa a gerente. Os maiores aumentos em volume ocorreram no Rio Grande do Sul (9,3%), Tocantins (9,2%), Roraima (8,4%), Santa Catarina (6,8%) e Acre (6,7%). A Agropecuária, principalmente o cultivo de soja, contribuiu para o resultado de 2021 nestes estados, exceto em Santa Catarina, onde esta atividade variou 0,5%.
Em Santa Catarina, a quarta maior variação em volume do PIB, o resultado deveu-se ao desempenho de Indústrias de transformação, principalmente confecção de artigos do vestuário e acessórios, fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de peças e acessórios para veículos automotores.
Todas as cinco regiões registram alta no PIB
Todas as cinco Grandes Regiões registraram crescimento em volume em 2021. A Região Sul teve a maior variação, 6,5%, devido ao desempenho do Rio Grande do Sul. A Região Centro-Oeste apresentou a menor variação, devido aos fracos desempenhos na Agropecuária de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que apareceram nas três últimas posições em termos de crescimento em volume.
Sudeste e Sul foram as únicas regiões a ganhar participação no PIB do país
Entre 2020 e 2021 houve aumento de participação no PIB na Região Sudeste, (0,4 p.p.), e na Região Sul (0,1 p.p.); e redução nas Regiões Nordeste (0,4 p.p.) e Centro-Oeste (0,1 p.p.); já a Região Norte manteve sua participação.
No Sul, os ganhos do Rio Grande do Sul (0,3 p.p.), e de Santa Catarina (0,2 p.p.), responderam pelo avanço da região, pois o Paraná perdeu 0,3 p.p entre 2020 e 2021.
A perda de peso do Nordeste deveu-se ao recuo na participação de oito dos nove estados da região; com exceção de Alagoas, que avançou sua participação no período. Mas apenas para o Estado da Bahia a participação teve recuo de 0,1 p.p., pois nos demais estados, as diferenças de peso no período não foram suficientes para que suas participações recuassem em uma casa decimal.
Já a perda de participação da Região Centro-Oeste deveu-se a perda do Distrito Federal (0,3 p.p.) já que Mato Grosso e Goiás avançaram suas participações, 0,3 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente.
A Região Norte manteve sua participação de 6,3% em relação ao PIB do Brasil e apenas Rondônia e Pará apresentaram oscilações. Rondônia perdeu 0,1 p.p., e Pará ganhou 0,1 p.p. com desempenho favorecido pelo aumento em preço do minério de ferro.
Em termos de posição relativa, seis UFs trocaram de posição entre 2020 e 2021. Rio Grande do Sul, que havia caído para a quinta posição em 2020, voltou a ocupar a quarta em 2021, trocando de posição com o Paraná. Mato Grosso, pelo segundo ano consecutivo, avançou mais uma posição e, novamente devido ao ganho relativo da Agropecuária, avançou para a 11ª posição, ultrapassando Pernambuco que caiu para a 12ª. Acre também subiu uma posição, para a 25ª, enquanto o Amapá caiu para a 26ª.