IPCA-15 registra alta de 0,20% em novembro
Inflação prévia de novembro sobe para 0,20%, com impactos de passagens aéreas, hospedagem e cuidados pessoais puxando o índice
Com altas na hospedagem e no pacote turístico, despesas pessoais impactam prévia da inflação de novembro. Foto: Viaje Paraná / Divulgação
O IBGE informa que o IPCA-15 avançou 0,20% em novembro, ligeiramente acima da taxa de outubro (0,18%). Com isso, o índice acumula alta de 4,15% no ano e de 4,50% em 12 meses, abaixo dos 4,94% registrados anteriormente. Em novembro de 2024, a variação havia sido bem maior, de 0,62%.
Despesas pessoais lideram alta do mês
Entre os nove grupos pesquisados, sete tiveram alta. O principal impacto partiu de Despesas pessoais, que subiram 0,85% e contribuíram com 0,09 ponto percentual no resultado geral. Esse comportamento foi influenciado, sobretudo, pela elevação nos preços de hospedagem e pacotes turísticos, que registraram altas de 4,18% e 3,90%, respectivamente.
Logo depois, Saúde e cuidados pessoais avançou 0,29%, puxado principalmente pelos planos de saúde, que subiram 0,50%. Esses segmentos, juntos, ajudaram a sustentar o movimento de alta do índice neste mês.
Transportes sobe apesar da queda nos combustíveis
O grupo Transportes teve variação de 0,22%. Embora os combustíveis tenham recuado 0,46%, as passagens aéreas subiram 11,87%, gerando o maior impacto individual do mês (0,08 ponto percentual).
Além disso, tarifas de transporte público também influenciaram o resultado. Em Belém, houve gratuidade em domingos e feriados, o que reduziu o preço do ônibus urbano. Já em Brasília, o efeito das gratuidades concedidas em outubro ainda repercutiu nas tarifas do transporte coletivo.
Alimentação volta a subir depois de cinco quedas
Após cinco meses consecutivos no campo negativo, Alimentação e bebidas subiu 0,09% em novembro. Contudo, a alimentação no domicílio seguiu em queda, acumulando recuo de 0,15%. Contribuíram para isso baixas importantes como leite longa vida, arroz e frutas.
Por outro lado, itens como batata inglesa, óleo de soja e carnes avançaram e impediram queda maior do grupo. Já a alimentação fora do domicílio acelerou para 0,68%, impulsionada pelo aumento observado tanto nas refeições quanto nos lanches.
Habitação desacelera, apesar da bandeira tarifária vermelha
O grupo Habitação aumentou 0,09%, ritmo menor que o de outubro. A energia elétrica residencial continuou no campo negativo, com queda de 0,38%, mesmo com a cobrança da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Parte desse movimento se explica pelos reajustes tarifários regionais, que foram incorporados ao índice no período.
Também compõem o grupo aumentos no condomínio (0,38%) e no aluguel residencial (0,37%). Já o gás encanado variou pouco, com queda de 0,01%.
Resultados Regionais
Entre as áreas pesquisadas, dez tiveram alta em novembro. Belém registrou o maior avanço, de 0,67%, devido às fortes altas em hospedagem e passagens aéreas. Em contraposição, Belo Horizonte apresentou queda de 0,05%, influenciada pela retração nos preços da gasolina e das frutas.
