O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,24%, quarto mês consecutivo no campo positivo. Em setembro, a variação havia sido de 0,26%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%, abaixo dos 5,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a variação havia sido de 0,59%.
No grupo Alimentação e bebidas (0,31%), a alimentação no domicílio subiu 0,27% em outubro, após quatro quedas consecutivas. Destacam-se as altas da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e das carnes (0,53%). No lado das quedas, foram destaques o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).
A alimentação fora do domicílio (0,42%) acelerou em relação ao mês anterior (0,12%). As altas da refeição (0,48%) do lanche (0,19%) foram mais intensas do que em setembro (0,13% e 0,09%, respectivamente).
No grupo dos Transportes (0,35%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (23,70%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice do mês. Em relação aos combustíveis (-1,39%), somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta. A gasolina (-1,53%), o gás veicular (-1,23%) e o etanol (-0,96%) caíram de preço.
No grupo Habitação (0,02%), a alta da taxa de água e esgoto (0,37%) foi influenciada pelos reajustes de 6,75% em Salvador (6,75%), a partir de 25 de setembro e que não havia sido incorporado no IPCA de setembro; e de 14,43% em Fortaleza (0,90%), a partir de 29 de outubro. Por sua vez, a energia elétrica residencial (-0,58%) teve queda de preços, apesar dos reajustes em três áreas de abrangência: em Goiânia (5,28%) reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; em Brasília (4,34%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; e São Paulo (-2,41%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro.
Quanto aos índices regionais, quatro áreas apresentaram variações negativas em outubro. O menor resultado em São Luís (-0,23%), influenciado pela queda de 3,94% na gasolina. Já a maior variação foi em Goiânia (0,80%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (5,28%).
INPC tem alta de 0,12% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC foi de 0,12% em outubro, variação próxima à do mês anterior (0,11%). No ano, o INPC acumula alta de 3,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,14%, abaixo dos 4,51% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,47%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,23% em outubro, após a queda de 0,74% em setembro. Nos produtos não alimentícios, houve alta de 0,09%, abaixo do resultado de setembro (0,38%).
Para o cálculo dos índices, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 30 de outubro de 2023 (referência) com os preços vigentes de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.