Os preços reagem negativamente ao corte de tributos nas exportações argentinas e iniciam o primeiro dia da semana em queda na Bolsa de Chicago
Os preços da soja voltam a operar no campo negativo nesta segunda-feira, (27/01) em Chicago. Na manhã chegou a registrar perdas de 8 cents, a U$ 10,47/março. Na sexta-feira, fechou com queda de 9 pontos.
Depois de bons ganhos durante as semanas anteriores, suportados pela mudança pouco traumática do governo nos EUA e pelas irregularidades climáticas no Brasil e na Argentina, os preços reagem negativamente ao corte de tributos nas exportações argentinas.
O governo cortou as retenciones da soja de 33% para 26% e do farelo e do óleo de 31% para 24,5%. Esta redução dever perdurar até a metade do ano, o que torna o produto local mais competitivo. As condições climáticas no Cone Sul também se apresentam melhores.
A colheita da safra brasileira de soja chega a 3,9%, ante 9% do mesmo ponto do ano passado e média histórica de 6,5%. O levantamento é da consultoria Safras Mercado. No MT, apenas 4,3% está colhido (21,5% no mesmo ponto do ano passado); no PR está em 11,2% (18%).
Mercado interno segue bastante travado. No spot, prêmios são apontados entre –15/+5. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 124,00/126,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 134,00/136,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO
Na CBOT, os preços do milho operam com queda de 5 pontos, a U$4,81/março. Na sexta-feira, o mercado cedeu entre 2 e 3 pontos.
Na BMF, a posição março trabalha em R$ 74,65 (fechamento anterior R$ 75,15) e maio em R$ 74,30 (anterior, R$ 74,78).
O mercado opera no campo negativo, ainda repercutindo a diminuição das retenciones – as tarifas de exportação das commodities agrícolas argentinas – o que proporcionará aumento da oferta no mercado global. Para o milho, a taxa foi ajustada de 12% para 9,5%.
Outro fator preponderante é o clima na região Sul do Brasil e Argentina, que vinha se mostrando bastante seco. Nos últimos dias, porém, houve sensível melhora, o que tende a limitar as perdas nestas regiões.
Segundo a Emater, no Rio Grande do Sul, a colheita de milho verão atinge 28%, ante 24% da mesma época do ano passado e 26% de média.
De acordo com o Imea, o plantio de milho safrinha no Mato Grosso mal chega a 1,5%, contra 11,2% de mesma época no ano passado. Essa lentidão se deve ao atraso da colheita da soja.
No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 71,00 /72,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote.