A China celebra o Ano Novo Lunar e fica fora do mercado por uma semana, enquanto incertezas sobre óleo de palma e soja aumentam com possíveis sanções de Trump;
A China iniciou as comemorações do Ano Novo Lunar (Ano da Serpente) e permanecerá fora do mercado por uma semana. “Durante esse período, a ausência dos players chineses tende a reduzir os volumes negociados, especialmente no mercado de futuros”, diz Ignacio Espinola, analista sênior de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.
Paralelamente, a maior incerteza para os mercados de óleo de palma e óleo de soja vem das ações de Donald Trump, que ameaça impor novas sanções à China. Ao mesmo tempo, o governo chinês começou a repatriar cidadãos que viviam ilegalmente nos Estados Unidos, em resposta às advertências do presidente Trump sobre tarifas e sanções contra países que recusarem a aceitação de deportados.
As alíquotas foram reduzidas de 33% para 26% no caso da soja, de 12% para 9,5% para milho e trigo, e de 31% para 24,5% para o farelo e o óleo de soja.
“Nos últimos anos, o país asiático tem aumentado sua dependência da soja brasileira em detrimento da americana, buscando diversificar fornecedores e criar reservas estratégicas diante da possibilidade de um conflito comercial com os EUA”, observa.
“O mercado segue atento ao clima na América do Sul, já que a falta de chuvas pode impactar a safra argentina. O último WASDE estimou a produção em 52 milhões de toneladas, mas esse número pode ser revisado para baixo. Enquanto isso, o “prêmio climático” continuará influenciando os preços, juntamente com os desdobramentos políticos envolvendo Donald Trump”, conclui.