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O Rio Guaíba voltou a subir na madrugada deste segunda-feira (3/6) e as águas alagaram ruas de bairros de Porto Alegre, como Menino Deus, Praia de Belas e Cidade Baixa. Na medição feita às 6h15min na régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA) instalada na Usina do Gasômetro, o nível estava em 3,85 metros, 25 centímetros acima da cota de inundação.
Na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, o Praia de Belas, a água chegava até a altura do joelho. A Avenida Borges de Medeiros também apresenta pontos com água sobre a pista. A Aureliano está bloqueada para trânsito entre a Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva. Algumas vias da Cidade Baixa e o Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, voltaram a ser alagadas após forte elevação causada por fortes a intensas rajadas de vento do quadrante no norte da Lagoa dos Patos e na região da capital.
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O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que naquela região, que não é atendida por casas de bombas, o escoamento das águas pluviais é por meio da gravidade para o Arroio Dilúvio. Como o nível do Guaíba segue elevado, o arroio também está com a capacidade comprometida, o que faz com que a água que deveria escoar, retorne pelas bocas de lobo.
O vento do quadrante Sul de forte intensidade foi consequência da chegada de uma frente fria, que derrubou a temperatura com o ingresso do ar mais frio acompanhado de ventania depois da temperatura muito alta de ontem que atingiu 27ºC na capital e 28ºC na Região Metropolitana.
Vento Sul tem efeito de causar represamento do Guaíba, dificultando o escoamento das águas para o Norte da Lagoa dos Patos. É comum o Guaíba subir até 30 cm a 50 cm em fortes episódios de vento Sul, como da madrugada de hoje.
Durante a amanhã, o Dmae desligou a Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) número 16, localizada na Rótula das Cuias. E a água do Guaíba alagou os bairros Cidade Baixa, Praia de Belas e Menino Deus. Técnicos da CEEE Equatorial instalaram às pressas um novo gerador de energia, de 500 kVA. Por volta do meio-dia, o aparelho foi ligado e a casa de bombas voltou a funcionar. Segundo o Dmae, não houve aviso prévio por parte da concessionária de energia.
A força-tarefa da prefeitura de Porto Alegre para limpar a cidade após a enchente chega a 18 locais nesta segunda-feira, 3. As equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) atuam nos trechos onde a água baixou.
Desde 6 de maio, quando as limpezas começaram nos pontos de resgate, até a noite de domingo, 2, foram retiradas 27.718 toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis estragados, raspagem de lodo acumulado e varrição. Em áreas inundadas, o DMLU precisa aguardar que a água recue para dar início ao serviço.
Cerca de 800 garis das seções Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão atuando nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba. Os trabalhadores são auxiliados por mais de 300 equipamentos entre caminhões e retroescavadeiras. Os serviços são coordenados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).
Nesta segunda-feira, 3, a prefeitura liberou o trânsito nas principais vias da área central de Porto Alegre. Avenida Mauá, Siqueira Campos, Júlio de Castilhos e rua da Conceição já podem ser acessadas, depois de passarem por limpeza realizada pelas equipes do Departamento Municipal de Limpeza (DMLU). O corredor humanitário segue funcionando na região da Estação Rodoviária.
Também foi liberada a alça de acesso da Freeway, sentido Litoral/Porto Alegre, para a Assis Brasil. Ainda há cerca de 15 bloqueios totais por acúmulo de água. Na Zona Sul, avenida Guaíba, Serraria e Guarujá ainda têm pontos de alagamento e seguem com os acessos bloqueados.
Na Zona Norte, há bloqueios na região das ilhas, na Severo Dullius, na rua Sérgio Jungblut Dieterich, 1.200, e Voluntários da Pátria esquina com Adelino Machado de Souza. Na área central, o principal ponto com acúmulo de água é a avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.
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Guaíba volta a subir e alaga vias de Porto Alegre
Com a chuva e vento Sul, nível do lago subiu 40 centímetros somente entre o começo da madrugada e o amanhecer de hoje
Publicado em 03/06/2024 | 15:22:00
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Na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, o Praia de Belas, a água chegava até a altura do joelho. A Avenida Borges de Medeiros também apresenta pontos com água sobre a pista. A Aureliano está bloqueada para trânsito entre a Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva. Algumas vias da Cidade Baixa e o Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, voltaram a ser alagadas após forte elevação causada por fortes a intensas rajadas de vento do quadrante no norte da Lagoa dos Patos e na região da capital.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que naquela região, que não é atendida por casas de bombas, o escoamento das águas pluviais é por meio da gravidade para o Arroio Dilúvio. Como o nível do Guaíba segue elevado, o arroio também está com a capacidade comprometida, o que faz com que a água que deveria escoar, retorne pelas bocas de lobo.
Cais Mauá, no Centro Histórico, voltou a ficar alagado
O vento do quadrante Sul de forte intensidade foi consequência da chegada de uma frente fria, que derrubou a temperatura com o ingresso do ar mais frio acompanhado de ventania depois da temperatura muito alta de ontem que atingiu 27ºC na capital e 28ºC na Região Metropolitana.
Vento Sul tem efeito de causar represamento do Guaíba, dificultando o escoamento das águas para o Norte da Lagoa dos Patos. É comum o Guaíba subir até 30 cm a 50 cm em fortes episódios de vento Sul, como da madrugada de hoje.
Durante a amanhã, o Dmae desligou a Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) número 16, localizada na Rótula das Cuias. E a água do Guaíba alagou os bairros Cidade Baixa, Praia de Belas e Menino Deus. Técnicos da CEEE Equatorial instalaram às pressas um novo gerador de energia, de 500 kVA. Por volta do meio-dia, o aparelho foi ligado e a casa de bombas voltou a funcionar. Segundo o Dmae, não houve aviso prévio por parte da concessionária de energia.
A força-tarefa da prefeitura de Porto Alegre para limpar a cidade após a enchente chega a 18 locais nesta segunda-feira, 3. As equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) atuam nos trechos onde a água baixou.
Desde 6 de maio, quando as limpezas começaram nos pontos de resgate, até a noite de domingo, 2, foram retiradas 27.718 toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis estragados, raspagem de lodo acumulado e varrição. Em áreas inundadas, o DMLU precisa aguardar que a água recue para dar início ao serviço.
Cerca de 800 garis das seções Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão atuando nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba. Os trabalhadores são auxiliados por mais de 300 equipamentos entre caminhões e retroescavadeiras. Os serviços são coordenados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).
Nesta segunda-feira, 3, a prefeitura liberou o trânsito nas principais vias da área central de Porto Alegre. Avenida Mauá, Siqueira Campos, Júlio de Castilhos e rua da Conceição já podem ser acessadas, depois de passarem por limpeza realizada pelas equipes do Departamento Municipal de Limpeza (DMLU). O corredor humanitário segue funcionando na região da Estação Rodoviária.
Também foi liberada a alça de acesso da Freeway, sentido Litoral/Porto Alegre, para a Assis Brasil. Ainda há cerca de 15 bloqueios totais por acúmulo de água. Na Zona Sul, avenida Guaíba, Serraria e Guarujá ainda têm pontos de alagamento e seguem com os acessos bloqueados.
Na Zona Norte, há bloqueios na região das ilhas, na Severo Dullius, na rua Sérgio Jungblut Dieterich, 1.200, e Voluntários da Pátria esquina com Adelino Machado de Souza. Na área central, o principal ponto com acúmulo de água é a avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.
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