Moagem de cana recua 11,85% na safra 2025/26 no Centro-Sul, aponta balanço de maio

A moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul registrou retração de 11,85% no acumulado da safra 2025/2026 até o final de maio, somando 124,77 milhões de toneladas. No mesmo período do ciclo anterior, foram processadas 141,54 milhões de toneladas. Apenas na segunda quinzena de maio, as unidades da região processaram 47,84 milhões de toneladas, frente às 45,36 milhões no mesmo intervalo da safra passada.

Na segunda quinzena de maio, sete unidades iniciaram oficialmente a safra 2025/2026, totalizando 252 unidades em operação no Centro-Sul. Destas, 232 estão voltadas ao processamento de cana, 10 produzem etanol exclusivamente a partir do milho e outras 10 usinas flex operam somente com etanol de milho. No mesmo período da safra 2024/2025, operavam 251 unidades: 233 com processamento de cana, nove com etanol de milho e nove flex.

A qualidade da matéria-prima também apresentou piora. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na segunda quinzena de maio foi de 124,87 kg por tonelada de cana-de-açúcar, contra 130,15 kg no mesmo período do ciclo anterior — queda de 4,06%. No acumulado da safra, o ATR médio é de 117,02 kg por tonelada, retração de 4,13% em relação ao mesmo ponto do ciclo 2024/2025.

Previsão do tempo nas áreas canavieiras

O clima seco deve predominar ao longo da semana nas principais áreas produtoras de cana. As instabilidades mais fortes ficam restritas ao extremo sul e norte do país. Em estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, uma massa de ar seco ganha força, elevando as temperaturas. O frio perde intensidade e as manhãs ficam mais amenas, com tardes mais quentes até o próximo fim de semana.

Moagem de cana no Centro-Sul acumula retração de quase 12% até maio e qualidade da matéria-prima também apresenta queda na safra 2025/26. Foto: Getty Images

Entre quinta e sexta-feira, chuvas devem atingir áreas do sudoeste e extremo oeste do Paraná, bem como o extremo sul de Mato Grosso do Sul, com a chegada de instabilidades vindas do Sul do país. Uma frente fria avança pelo oceano no final de semana, mas sem provocar mudanças significativas no tempo nas áreas centrais do Brasil, onde o clima seco deve seguir se intensificando.